Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp iniciaram greve em 9 de junho de 2025 contra o chamamento público que visa privatizar a gestão do Hospital Estadual de Sumaré, referência para mais de 800 mil moradores da região de Campinas.
O chamamento público foi liberado discretamente na noite de 8 de junho, em uma manobra considerada por opositores como covarde. Essa ação integra uma política mais ampla do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de privatizações em setores essenciais, já aplicada em entidades como Sabesp, CPTM e unidades básicas de saúde.
Reconhecido como um dos melhores do Brasil, o HES destaca-se pela qualidade do atendimento, pesquisa e formação humanizada. Mensalmente, atende milhares de pacientes e oferece estágios para centenas de estudantes de Medicina, Enfermagem, Farmácia e outras áreas da saúde vinculadas à Unicamp.
Para se adequar ao modelo exigido pelo Tribunal de Contas do Estado, a Unicamp já adaptou sua fundação de apoio, a Funcamp, para operar como Organização Social (OS). No entanto, o governo estadual segue com o processo de chamamento público, ignorando os recursos apresentados pela universidade.
Além da greve, os estudantes buscam apoio de sindicatos, movimentos populares e outros centros acadêmicos para fortalecer a mobilização em defesa do SUS, do hospital e da qualidade do ensino médico. Docentes, estudantes e gestores da Unicamp têm realizado visitas e reuniões para dialogar sobre o tema e articular ações conjuntas, reforçando o compromisso com a manutenção do convênio e alertando para os impactos negativos da privatização.
Em resumo, a situação segue crítica, com a greve dos estudantes em curso desde 9 de junho de 2025, ampla mobilização da comunidade acadêmica e da população, e resistência às tentativas do governo estadual de privatizar a gestão do Hospital Estadual de Sumaré, um patrimônio público e símbolo da parceria entre universidade e saúde pública de qualidade.
Fonte: Da redação