A Região Metropolitana de Campinas (RMC), com 3,2 milhões de habitantes e mais de 37 mil bares e restaurantes, se consolidou como principal polo gastronômico do interior paulista, movimentando R$ 7,8 bilhões em alimentação fora do lar em 2024 e atraindo investimentos.
A RMC tem uma população estimada em 3,2 milhões de habitantes. Com mais de 37 mil restaurantes e bares, o setor responde por uma parte significativa da movimentação do PIB regional. O gasto com alimentação fora do lar e bebidas na RMC em 2024 representou cerca de R$ 7,8 bilhões, segundo estimativa do IPC Maps, sem contar o volume gasto por turistas de passeios e negócios que circulam mensalmente pelas cidades da região, incluindo Sumaré, Nova Odessa, Hortolândia e Paulínia.
A gastronomia regional se consolidou na última década como principal polo gastronômico do interior paulista. O Estado de São Paulo detém o maior número de estabelecimentos focados em alimentação fora do lar, com 532,5 mil pontos ativos, o que representa cerca de 27% do mercado nacional. Campinas é a terceira cidade com maior número de estabelecimentos no Estado, atrás apenas da Capital e de Guarulhos.
“Temos um setor dinâmico e bem evidente na região, que contribui não somente para a economia, mas principalmente no fomento do turismo regional”
A cidade de Campinas conta, por lei, com quatro polos gastronômicos – os bairros do Cambuí, do Guanabara e os distritos de Barão Geraldo e de Sousas e Joaquim Egídio. Estes últimos são mais conhecidos dos turistas de fim de semana por estarem localizados em Área de Proteção Ambiental (APA), com fazendas históricas e espaços para atividades esportivas. A oferta se estende também aos centros de compras das cidades da região. Segundo Mandetta, a região oferece restaurantes de variados estilos gastronômicos, bares, gastronomia de fazenda e até cozinhas internacionais.
“Na Rede Vitória Hotéis sempre demos prioridade para a gastronomia. A alta gastronomia sempre atrai e traz boas avaliações dos visitantes do Brasil e do exterior”
Rodrigo Porto, diretor de Alimentos e Bebidas da Rede
Antonio Dias, Diretor Executivo do grupo Royal Palm Hotels & Resorts, observa a evolução para atender a um público exigente:
“Buscando atender um público cada vez mais exigente, tanto da região quanto de outros estados, a gastronomia regional evoluiu muito nos últimos anos”
Antonio Dias, Diretor Executivo do grupo Royal Palm Hotels & Resorts
O grupo possui um complexo com cinco estabelecimentos gastronômicos, como o bistrô francês La Palette e a adega Cave do Douro (que abre exclusivamente no inverno), voltados para hóspedes e clientes da região.
O Banana Café Campinas também reflete essa evolução. Embora tenha uma unidade na capital paulista, os cardápios diferem.
“Para o cardápio de Campinas trouxemos adaptações para esse público que é muito exigente. Além disso, a cidade é um amplo polo de negócios e recebemos muitas pessoas de outras cidades”
André Biazzo, um dos sócios do Banana Café Campinas
Com 30 anos de mercado, a Churrascaria Colonial Grill, de Campinas, é outro exemplo da adaptação contínua.
“Estamos sempre procurando nos adaptar às exigências cada vez maior do público, não só da região, mas de outros estados e países”
Sérgio De Simone, fundador da Churrascaria Colonial Grill
O empresário Dino Ramos, sócio do Dom Brejas, confirma o fortalecimento visível do setor.
“Estamos no mercado há 15 anos e cada ano vemos a chegada de grandes marcas de redes e empresas, trazendo novas experiências e para fortalecer a gastronomia regional”
Dino Ramos, sócio do Dom Brejas
Ramos lembra ainda que, no final do ano passado, o lanche Boquinha de Anjo, criado em Campinas, tornou-se patrimônio imaterial pela Câmara Municipal, com data comemorativa em 10 de maio.
“Isso traz ainda mais visibilidade para o polo gastronômico regional que vem evoluindo a cada ano”
Dino Ramos, sócio do Dom Brejas
Fonte: Comunicação Estratégica Campinas