sábado, 21 dezembro, 2024
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Mando dos Dalben em Sumaré chega ao fim após 28 anos, qual o legado que a família deixou para Sumaré?

Após 28 anos da família Dalben estar diretamente ligada ao governo de Sumaré, o clã deixa oficialmente sua posição no executivo. Pela primeira vez em quase três décadas a cidade terá a experiência de ter outro grupo político à frente do executivo.

Tudo começou em 1º de janeiro de 1997, quando Dirceu Dalben sentou pela primeira vez na cadeira de prefeito na cidade. À época a cidade era bem diferente e o rápido crescimento que marcou as décadas de 80 e 90 já deixavam suas marcas.

Ao final do segundo mandato de Dirceu, Sumaré estava envolta em escândalos de corrupção, desequilíbrio fiscal, problemas com os salários de servidores e altíssimos índices de violência.

O maior problema envolvia o hospital da cidade, o Conceição Imaculada. Envolvido em problemas de gestão e corrupção, o Hospital estava cada vez pior. Apesar das investigações, o dano já estava causado e o hospital não se recuperou.

Durante o governo de Bacchim, que fora vice de Dalben, Sumaré perdeu de vez o seu hospital. Sem conseguir se recuperar da má gestão do hospital e com dívidas altíssimas, a cidade perdeu para sempre seu primeiro e único hospital.

Após o governo de Bacchin, Dalben lançou seu filho Luiz como vice na chapa de Cristina Carrara, e levou mais uma vez o executivo municipal.

A esposa de Paulino Carrara, o prefeito que perdeu Hortolândia, também teve tempos conturbados no poder. Problemas com as contas da cidade, obras paradas e a concessão do DAE são apenas a ponta do iceberg.

A concessão do DAE foi a gota d’água para Dalben, que tinha como presidente da autarquia o vice Luiz Alfredo. Com a privatização do serviço, a participação da família no governo estava comprometida.

Após Cristina, Dirceu elegeu seu filho, Luiz Dalben para a prefeitura. No governo, Luiz fez um mandato popular, com inauguração de diversas obras pela cidade. Apesar das inaugurações, muitas foram criticadas pois enquanto abria uma UPA fechava uma UBS, trocando seis por meia dúzia.

No governo de Luiz as contas continuam descontroladas, obras paradas na cidade, montanhas de lixo trazendo transtornos para a população e a criminalidade continua fazendo diversas vítimas na cidade.

Com o fim dos 28 anos do mando dos Dalben na cidade, Sumaré deve ver grandes mudanças pela primeira vez em três décadas. Cabe agora saber se Henrique estará à altura de encarar os problemas que assolam a cidade, ou se a situação só irá piorar.

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