quarta-feira, 11 dezembro, 2024
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Idoso Abandonado: O Impacto da Solidão e do Convívio Social na Terceira Idade

O abandono do idoso é uma triste realidade em nossa sociedade. Promover a integração social é fundamental para a saúde física e mental.

Desde o nascimento, nos deparamos com algo essencial: o contato com o outro. É por meio desse contato que, em um primeiro momento, conseguimos suprir necessidades relacionadas à nossa sobrevivência, além de desenvolver a construção da linguagem.

Ao longo da vida, o contato social nos possibilita o desenvolvimento de habilidades, a compreensão da autopercepção e a formação de valores significativos.

É importante destacar que o envelhecimento é um processo que ocorre ao longo da vida, envolvendo mudanças físicas, cognitivas e psicológicas. O idoso, por sua vez, está inserido nesse processo e assume características próprias da sua faixa etária.

Idosos autônomos e dependentes precisam de interação

Nesse contexto, encontramos idosos com autonomia e independência, que vivem funcionalmente, e aqueles que apresentam comprometimentos físicos, cognitivos e psicológicos. Independentemente da relação que estabelecem com suas escolhas e com a capacidade de ir e vir, um dos sentimentos mais evidentes nesta faixa etária é a solidão, especialmente entre aqueles que têm pouco convívio familiar.

A solidão provoca uma sensação de desamparo e vulnerabilidade, gerando, na maioria das vezes, emoções de tristeza e medo. Essas emoções, quando não compreendidas, impactam a forma como o idoso se percebe e percebe as situações do dia a dia, pois a vulnerabilidade pode levar a uma percepção de fragilidade diante de si e um sentimento de perigo nas interações sociais.

Além disso, a comunicação é uma ferramenta fundamental para a evolução humana. A falta de comunicação ou a falta de escuta pode gerar desânimo em relação à vida.

Por isso, é essencial desenvolver a troca de afeto, que ocorre por meio de um olhar, da escuta atenta, de uma conversa, de um toque e da presença. É importante perceber e aceitar o idoso como o sujeito que ele é, incentivando o desenvolvimento de suas habilidades, compreendendo suas limitações e respeitando a construção de sua história.

Novos formatos de residenciais promovem interação entre idosos

Nos últimos anos, novos empreendimentos têm surgido, focados no bem-estar físico e mental dos idosos, especializados para esse público. Esses locais são formados por equipes multidisciplinares e oferecem atividades diárias que promovem a integração entre idosos, colaboradores e familiares.

A criação de vínculos com a pessoa idosa impacta em valores como segurança, que tende a gerar tranquilidade. Isso interfere no aumento da autoestima e possibilita que o idoso desenvolva estratégias mais saudáveis para enfrentar os desafios do dia a dia, resultando em uma maior qualidade de vida.

Dados e estatísticas sobre o abandono de idosos

Estudos recentes apontam que cerca de 30% dos idosos no Brasil se sentem abandonados ou negligenciados por suas famílias. Essa estatística reforça a urgência de abordagens que promovam a inclusão social e o suporte emocional, essenciais para a saúde e bem-estar dos idosos.

Fonte: Beatriz Volpato Gomes

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