domingo, 9 fevereiro, 2025
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Falta de Participação Popular nas Sessões da Câmara de Sumaré

Horários Inadequados para a Participação Cidadã

As sessões ordinárias na Câmara Municipal de Sumaré ocorrem às terças-feiras, às 10h da manhã. Apesar de atrasos serem comuns, os vereadores se reúnem sempre nesse horário próximo ao almoço, podendo iniciar as atividades às 10h e, em certas ocasiões, até mesmo depois das 13h.

Antes da mudança, as sessões aconteciam após às 18h, o que permitia a participação de cidadãos que trabalham em horários comerciais, representando a maior parte da população. Mesmo que um cidadão se organize para estar no plenário às 10h, isso não garante que conseguirá acompanhar a sessão, uma vez que os atrasos são habituais. Para participar, a pessoa precisa reservar várias horas do seu dia, considerando que imprevistos podem ocorrer.

Comparação com Cidades Vizinhas

Em cidades vizinhas, a situação é diferente e a participação do cidadão é facilitada. Em Hortolândia, as sessões acontecem às segundas-feiras, a partir das 17h30. Já em Nova Odessa, as sessões ocorrem no mesmo dia, mas às 18h. Esses horários, mais próximos ao fim do expediente, garantem uma maior participação popular.

Desconsideração da Voz Popular

Em Sumaré, ficou evidente que a participação da população no plenário não é incentivada. No início deste mês, em resposta a uma manifestação popular na casa, o vereador Lucas Gostinho afirmou que o povo não tem voz na Câmara. Segundo o parlamentar, os únicos que têm voz na casa de leis são os vereadores eleitos, e que, se a população quiser participar, precisa se candidatar e vencer.

Com horários que dificultam a participação presencial e online da população — já que quem trabalha em horário comercial não pode acompanhar as sessões pelo celular durante o expediente — e com atrasos recorrentes, os parlamentares de Sumaré tornam a participação popular um desafio. Isso impossibilita qualquer tipo de manifestação, já que muitos cidadãos não estão inteirados do que ocorre na casa.

Exclusão da População da Política

Reuniões de portas fechadas e projetos aprovados rapidamente em regime de urgência, com pouco ou nenhum debate, excluem a população do processo político. A quase total ausência de oposição na casa ao atual governo também compromete o papel fiscalizador do poder legislativo.

Infelizmente, a população precisará esperar mais quatro anos para ter sua voz ouvida novamente na casa. Espera-se que, da próxima vez, não se esqueçam dos discursos que excluem a população do debate democrático e que se lembrem da importância de considerar o que pensa a sociedade.

Fonte: Da redação

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