A vereadora Wal da Farmácia (PSB) enfrenta uma Comissão Processante em Monte Mor após declaração na sessão de 8 de setembro; a denúncia por suposta quebra de decoro parlamentar foi recebida em plenário por 10 votos a favor e 3 contrários e pode resultar na cassação do mandato.
A fala ocorreu durante o debate sobre o fim do programa Tarifa Zero. A parlamentar reconheceu o excesso e pediu desculpas em duas ocasiões, esclarecendo que não se referia a dinheiro, mas a uma relação de subordinação política entre Legislativo e Executivo.
“vendida, um puxadinho da Prefeitura”
A denúncia foi apresentada pelo presidente municipal do Republicanos. Em seguida foi instaurada a Comissão Processante, que terá prazo de 90 dias para apurar os fatos e recomendar ao plenário a absolvição ou a cassação da vereadora.
Composição da Comissão Processante
- Presidente: Roger Santos (PT)
- Relatora: Milziane Menezes (MDB)
- Membro: Clair Gomes (PSB)
- Prazo: 90 dias para investigação e relatório ao plenário
Wal da Farmácia é apontada como uma das poucas vozes de oposição ao prefeito Murilo Rinaldo (PSB) e já havia se posicionado contra projetos como a criação de novos cargos na Prefeitura e a revogação da Tarifa Zero. Não há, segundo o texto, provas de vínculos ilícitos entre vereadores e a administração, mas a aproximação visível entre os poderes levanta questionamentos.
Especialistas e observadores políticos ouvidos pela redação consideram preocupante transformar a fala em justificativa para perseguição política. Ao abrir processo contra uma das poucas opositoras, a Câmara pode passar a imagem de não admitir críticas, afirmam analistas.
Fonte: Da Redação