Um forte temporal atingiu a região de Campinas em 22 e deixou quedas de árvores e postes, falta de energia, bairros inteiros sem água, centros de saúde interditados, ruas alagadas e o desabamento de um telhado em Nova Odessa.
Os transtornos também afetaram Sumaré, onde o Posto de Atendimento ao Trabalhador precisou ser fechado; Paulínia, onde a Sabesp suspendeu o abastecimento por interrupção no fornecimento de energia; e ainda Monte Mor, Socorro, Vinhedo e Campinas, que registraram volumes expressivos de chuva e ventos de até 90 km/h.
Especialistas apontam que fenômenos climáticos extremos tendem a se intensificar com as mudanças climáticas. Essas alterações já modificam o regime de chuvas, prolongam períodos de estiagem e tornam as estações do ano menos definidas, fazendo com que eventos antes atípicos — como temporais violentos, calor recorde e secas prolongadas — passem a ocorrer com maior frequência.
O impacto imediato inclui o comprometimento do fornecimento de água quando temporais derrubam árvores e postes e provocam falhas no sistema de energia. Na agricultura, a combinação de secas severas e chuvas torrenciais reduz a produtividade, encarece alimentos e pressiona economicamente a população.
Especialistas e gestores apontam medidas necessárias para reduzir riscos e aumentar a resiliência das cidades e áreas rurais:
- Preservação e recuperação de áreas verdes e mananciais
- Investimentos em drenagem urbana e infraestrutura de escoamento
- Incentivo a fontes renováveis de energia e sistemas de backup
- Planos de adaptação climática para municípios e zonas rurais
O temporal desta semana foi um alerta, mas dificilmente será o último.
Sem planejamento e compromisso com a agenda climática, a população continuará a conviver com apagões, enchentes, perdas agrícolas e serviços públicos paralisados.
Fonte: Da Redação