quinta-feira, 12 dezembro, 2024
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Sumaré, uma cidade dividida: reduto de pré-candidatos evidencia diferenças entre regiões do município

Um dos maiores desafios enfrentados por Sumaré é a grande divisão que separa o município. As seis regiões administrativas da cidade diferem entre si, e as áreas mais periféricas sofrem com a diferença em relação à região central.

Com o anúncio das pré-candidaturas para prefeito na cidade, as diferenças ficam ainda mais claras, já que os principais nomes têm origens bem diversas na cidade.

O Matão tem como seu representante Éder Ruzza, que vem para a disputa para substituir seu sobrinho, Luiz Alfredo, com o endosso de seu cunhado, Dirceu Dalben. A família Dalben tem um nome na região, apesar do patriarca morar hoje em dia em Paulínia, cidade onde pretende lançar-se prefeito.

A região central tem como principal representante Henrique do Paraíso. O atual vice-prefeito é bem conhecido no Centro, sendo de família tradicional da região, que por muitos anos esteve à frente do antigo clube Paraíso das Águas (hoje Expo Águas), muito conhecido na cidade.

Wellington da Farmácia é o nome do Maria Antônia. O ex-vereador foi secretário do atual prefeito Luiz Dalben e, apesar de não ser mais secretário, ainda compõe a base de apoio da atual gestão.

Willian Souza, ex-presidente da Câmara e ainda líder de governo dos Dalben, fez sua carreira política na Villa Soma. O bairro surgiu da ocupação do terreno da massa falida da antiga empresa Soma, contudo, Willian também é um nome na região do Matão, assim como os Dalben.

O vereador Toninho Mineiro é o representante de Nova Veneza. A região, juntamente com o Picerno, é a mais próxima do Centro. Nela encontra-se o Hospital Estadual de Sumaré e, com a possível construção do viaduto na Mancini, tende a ficar ainda mais próxima do Centro.

Também da região de Nova Veneza, Guilherme Dall’Orto vem de uma família tradicional na cidade, que fez parte das origens da própria região. Apesar de tradicional, o nome é uma certa novidade na política, já que Guilherme ainda não ocupou nenhum cargo eletivo na cidade.

Com origens tão diversas, é difícil saber como o futuro prefeito de Sumaré irá fazer para integrar a cidade. Em sua primeira campanha eleitoral, Luiz Dalben prometeu uma série de avenidas ao redor da cidade para integrar as regiões, mas o projeto ficou apenas no papel.

No início da década de 90, no governo Paulino Carrara, Sumaré perdeu o então distrito de Hortolândia através de um plebiscito popular. Devido ao descaso que sofria, Hortolândia era a região mais pobre da cidade. A insatisfação levou ao movimento separatista e, hoje, três décadas depois, Hortolândia está bem melhor e, em muitos quesitos, muito à frente de Sumaré.

Seja qual for o resultado das urnas, o eleito terá um desafio muito maior do que imagina.

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