quinta-feira, 17 julho, 2025
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Sumaré emperra construção do Corredor Metropolitano e atrasa integração regional na RMC

O Corredor Metropolitano Vereador Biléo Soares avança em Hortolândia, Nova Odessa e outras cidades da Região Metropolitana de Campinas, mas permanece paralisado em Sumaré, prejudicando a mobilidade urbana e a integração regional.

A construção do Corredor Metropolitano Vereador Biléo Soares, uma das principais obras de mobilidade urbana da Região Metropolitana de Campinas (RMC), tem avançado firmemente em cidades como Campinas, Hortolândia, Nova Odessa, Americana e Santa Bárbara d’Oeste. Porém, em Sumaré, o projeto está estagnado há anos, resultado de omissão política, falta de planejamento e resistência de setores econômicos locais.

O trecho que deveria integrar Sumaré à malha regional ainda não saiu do papel, comprometendo não só a mobilidade da população local, mas também o funcionamento do sistema intermunicipal de transporte, que beneficia milhares de usuários em toda a RMC.

Apesar de ter passado por diferentes gestões municipais, incluindo as administrações de Cristina Carrara e Luiz Dalben, nenhuma conseguiu avançar com a obra. Bastidores políticos apontam resistência de grupos econômicos com interesses fundiários ou comerciais que influenciam decisões políticas, agravada pela falta de transparência sobre os motivos da paralisação, o que levanta dúvidas sobre a prioridade do tema na agenda municipal.

Avanços nos municípios vizinhos

Enquanto Sumaré permanece parada, os municípios vizinhos avançaram nas entregas. Santa Bárbara d’Oeste inaugurou seu rodoterminal em 2015 e completou estações e faixas exclusivas até 2018. Americana entregou o Terminal Metropolitano em 2017. Nova Odessa modernizou seu terminal em 2016 e recebeu o Viaduto Jean Nicolini em 2018. Hortolândia concluiu, em 2021, um trecho de 4,4 km que liga a cidade a Campinas.

Em Sumaré, a única entrega relevante foi a Estação de Transferência Maria Antônia, próxima ao km 110 da Rodovia Anhanguera, inaugurada em 2017. O trecho de 7,6 km entre Sumaré e Hortolândia, essencial para a integração do sistema, continua apenas em fase de projeto, sem licitação ou previsão de execução.

Em 2022, o governo estadual autorizou recursos para um viaduto entre Hortolândia e o bairro Nova Europa, mas essa obra não resolve o impasse principal.

Desafios e importância para Sumaré

Sumaré é uma cidade descentralizada, com bairros distantes e mobilidade urbana deficiente. A implementação do Corredor Metropolitano é estratégica para conectar regiões e melhorar o acesso ao transporte público, especialmente para trabalhadores que dependem diariamente dos ônibus para se deslocar até cidades vizinhas.

Com a gestão do prefeito Henrique do Paraíso, há expectativa de retomada do projeto. O bom relacionamento do prefeito com o governador Tarcísio de Freitas pode influenciar positivamente o andamento da obra. A conclusão do corredor poderia representar um gesto positivo do governo estadual, especialmente em meio a críticas recentes sobre a tentativa de privatização do Hospital Estadual de Sumaré e o recuo na promessa de não instalar novos pedágios na região.

Impactos da paralisação

A inércia de Sumaré no projeto do Corredor Metropolitano representa não apenas um atraso para a cidade, mas um entrave para toda a integração regional da RMC. Enquanto outras cidades avançam, o município permanece como o elo frágil da mobilidade metropolitana.

A população é quem sofre as consequências, enfrentando perda de tempo, dificuldades de acesso e oportunidades reduzidas.

É urgente que Sumaré ultrapasse as resistências locais e priorize o interesse coletivo para entrar nos trilhos do desenvolvimento urbano e da integração regional.

Fonte: Da redação

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