A Câmara de Sumaré dedicou a sessão desta semana a pautas essencialmente protocolares — feriado para o Dia do Professor, criação de selo honorário, inclusão de evento automotivo no calendário e uma série de moções de congratulação — enquanto vereadores de Monte Mor protocolaram medidas voltadas à fiscalização e ao investimento em serviços públicos.
Em Sumaré, a sessão chegou a dar a impressão de um encontro de amigos: além do feriado para o Dia do Professor, foram aprovados selo honorário, incluído um evento automotivo no calendário oficial e apresentadas diversas moções de congratulação. O excesso de pautas protocolares e a ausência de debates sobre temas estruturais, segundo o release, aproximam o Legislativo de uma função mais simbólica do que fiscalizadora.
Em Monte Mor, a agenda foi voltada para investigação e cobrança. Os vereadores aprovaram um aporte de R$ 532 mil para a Saúde, criaram uma Frente Parlamentar de Regularização Fundiária e encaminharam apurações sobre contratos e prestação de serviços.
Entre as questões levantadas pelos parlamentares montemorenses estão dívidas no transporte público e escolar, o sumiço de equipamentos do castramóvel e uma apuração sobre um contrato de serviços veterinários de quase R$ 2 milhões.
O material ressalta que Monte Mor, apesar de contar com orçamento menor e estrutura mais enxuta, demonstra que eficiência política depende do comprometimento dos vereadores em exercer o papel de fiscalização do Executivo. Em contrapartida, em Sumaré, a continuidade de títulos honoríficos, calendários de eventos e discursos de “valorização” tem, segundo o texto, deslocado a responsabilização e a cobrança das ações executivas.
Para o leitor e morador da região, a diferença nas prioridades legislativas se traduz em alternativas concretas de atuação e repercute diretamente na prestação de serviços à população: enquanto uns investem em fiscalização e investigação, outros limitam-se a alterar o calendário.
Fonte: Da Redação