quinta-feira, 21 agosto, 2025
Formatar Data em JavaScript

SindusCon-SP e FGV Ibre reduzem projeção de crescimento da construção para 2025

O FGV Ibre revisou para baixo a previsão de crescimento da construção em 2025, de 3% para cerca de 2,2%, informou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da instituição, na Reunião de Conjuntura do SindusCon‑SP em agosto. A nova projeção aponta 2,5% para as empresas e 1,5% para os segmentos informais, ante estimativa anterior baseada na média entre desempenho empresarial e informal.

A apresentação foi conduzida por Eduardo Zaidan , vice‑presidente de Economia do SindusCon‑SP, e contou com a participação do presidente da entidade, Yorki Estefan. Segundo Ana Castelo, indústria e comércio de materiais de construção registraram ligeira desaceleração nos últimos meses, embora ambos tenham crescido no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2024; o consumo de cimento também avançou na comparação anual.

Quanto ao emprego, o nível do setor subiu no primeiro semestre, porém em ritmo mais lento que em anos anteriores. Houve desaceleração nas edificações e nos serviços, com elevação em obras de infraestrutura, padrão também observado no estado de São Paulo e na capital. O ajuste sazonal mostrou ligeira recuperação do emprego no último trimestre, e a Sondagem da Construção de julho indica perspectiva de continuidade nas contratações, embora a escassez de mão de obra persista.

Custos e lançamentos: o INCC‑DI acumulou 10,26% em 12 meses até julho, puxado pela mão de obra; na cidade de São Paulo a variação foi 8,50%, já incluindo reajustes de convenções coletivas. Na capital, os lançamentos aumentaram 50% no primeiro semestre, com predominância do segmento econômico e forte crescimento das vendas — cenário que, diante da escassez de mão de obra, eleva o desafio de aumentar a produtividade.

O acesso ao crédito foi apontado como a maior dificuldade do setor: o financiamento pela produção de unidades pelo SBPE caiu 61%. Apesar de os fundings somarem mais de R$ 1 trilhão em junho, o problema identificado é o custo do crédito, com empresas recorrendo a captações mais caras para financiar a produção.

A “tarifação” dos EUA introduz incerteza geopolítica, mais aguda em estados exportadores de manufatura, e há preocupação com o equilíbrio fiscal e com juros elevados que penalizam famílias e empresas, além de perda de produtividade no emprego gerado.

Eduardo Zaidan, vice‑presidente de Economia do SindusCon‑SP

Em avaliação complementar, Robson Gonçalves, da FGV, afirmou que o aumento do IOF apenas adiou a necessidade de ajuste fiscal e considerou positiva a queda do dólar. Ele disse que esse quadro, junto ao desempenho da agropecuária e ao efeito da “tarifação”, tende a arrefecer a inflação global de commodities e favorecer a convergência da inflação à meta, possibilitando redução da Selic para 12,5% no próximo ano.

O cenário atual pode permitir uma trajetória de desaceleração da inflação de commodities e acomodar uma redução gradual da taxa básica.

Robson Gonçalves, FGV

Informações do Evento

  • Evento: Reunião de Conjuntura do SindusCon‑SP
  • Data: agosto
  • Organização: SindusCon‑SP

Fonte: Roncon & Graça Comunicações

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhar Post

Popular

Descubra mais sobre Jornal Spasso Cidades

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading