Há vários anos, os servidores municipais de Sumaré enfrentam uma árdua batalha com o poder público a fim de conquistarem o tão sonhado reajuste salarial com o objetivo de acabar com a defasagem salarial que chega a 45%.
Desde o governo Cristina Carrara, a luta ficou ainda mais acirrada. A ex-mandatária foi implacável com os servidores, o que agravou a situação salarial. Eles depositaram toda a esperança nas promessas de mudança de governo, mas a realidade não foi diferente.
Apesar das mudanças na direção do Sindissu, o sindicato que representa a classe, os servidores vão encerrar mais um ano amargando a derrota na reivindicação pelo reajuste de 45%. A atual gestão concedeu 5% de reajuste, o que cobre um pouco mais do que a inflação acumulada no período.
Com a defasagem se agravando, a diferença que separa os servidores de Sumaré dos demais servidores municipais da região aumenta ainda mais. Outra reivindicação que falhou foi a do reajuste do vale-alimentação. O valor pleiteado pelo sindicato era de R$ 1.000,00, contudo conseguiram apenas fixar o valor em R$ 700,00.
A situação fiscal no município não é nada favorável. Ainda neste ano, a atual administração precisou retirar cerca de R$ 7 milhões do orçamento destinado ao recapeamento para o pagamento de dívidas. O valor fazia parte de um pacote conquistado pelo vereador Willian Souza juntamente com o Governo Federal para recuperar a malha asfáltica da cidade. Dessa maneira, o asfalto precisou esperar mais para que o prefeito pudesse pagar as dívidas. Um reajuste salarial para os servidores parece um sonho distante, diante de tantos problemas com o orçamento.
Apesar das dificuldades financeiras que Sumaré enfrenta, a situação dos servidores não pode ficar sem solução. Mais uma vez, o governo de Sumaré deixará para a próxima gestão a responsabilidade de fazer justiça aos servidores. No entanto, com os problemas que a cidade enfrenta, é difícil prever um cenário em que isso será possível.