Enquanto para a maioria dos políticos as eleições são resolvidas nas urnas, para outros existe um passo adicional: o judiciário. Foi nessa situação que por algumas vezes a família Dalben se encontrou, em especial o patriarca do clã, Dirceu Dalben.
Nas últimas eleições para deputado, em 2022, Dirceu Dalben precisou recorrer à justiça para que sua candidatura fosse efetivada, já que havia sido indeferida. Dalben teve a candidatura recusada pelo TRE, pois recebeu três condenações por improbidade administrativa quando foi prefeito de Sumaré. Na época, ele foi acusado de realizar contratações supostamente irregulares de empresas de construção.
Apenas após a decisão judicial, Dalben pôde disputar as eleições, nas quais foi eleito com 93.397 votos para o cargo de Deputado Estadual, cargo que ocupa até hoje. Em 2018, Dalben também teve problemas com sua candidatura.
Em dezembro do ano passado, Dalben foi condenado por improbidade administrativa em 1ª Instância.
Outro escândalo envolvendo a família se deu durante a eleição de Cristina Carrara, em que Luiz Dalben foi candidato a vice-prefeito e Dirceu concorreu para vereador.
Os mandatos de Cristina, Luiz e Dirceu Dalben foram cassados pela justiça de Sumaré. Os desembargadores consideraram que o jornal “A Cidade” publicou inúmeras reportagens favoráveis a Cristina e aos Dalben, pai e filho. Também veicularam matérias com críticas à Administração daquela época, nas mãos do petista José Antonio Bacchim, que tentou eleger o professor Tito para assumir o seu lugar. Logo após a eleição, o jornal deixou de ser publicado.
A decisão foi revertida na justiça e ambos puderam seguir com seus mandatos. Novamente, em 2021, Luiz Dalben foi condenado. Luiz Dalben foi acusado de abuso de poder na campanha de 2020. Dois meses antes desta decisão, o mesmo juiz condenou Dalben a oito anos de inelegibilidade por uso ilegal de propaganda institucional na eleição de 2020. Ambos os casos ainda cabem recursos.
Todas essas situações não são novidade para Dalben. Nas eleições de 2000, o Tribunal de Contas do Estado havia rejeitado as contas do mandato de 1997, o que não permitiria que ele se candidatasse novamente para a reeleição a prefeito. A decisão foi revertida na justiça, pois, segundo o advogado de Dalben, a rejeição ocorreu após a homologação da candidatura.
A questão que fica é: nessas eleições, o resultado será definido apenas nas urnas ou teremos alguma surpresa?