Na última reunião do CMES – Conselho Municipal de Educação de Sumaré – realizada no dia 24 de julho, foi discutido o problema que envolve o Sistema de Diário Digital e Secretaria Escolar que assombra os professores e coordenação das escolas municipais de Sumaré.
O sistema tem como intuito modernizar e facilitar o dia-a-dia dos professores e coordenadores das escolas da cidade. Através deste sistema é possível registrar as notas, conceitos, faltas e presenças dos alunos, gerando de forma digital os relatórios que antes eram feitos à papel e caneta, nos conhecidos Diários Escolares que fizeram parte do passado de muitos profissionais e alunos.
O sistema era oferecido de forma terceirizada através da iniciativa privada. A empresa vencedora da licitação implementou o sistema na cidade que reúne as informações dos estudantes.
Para operar o sistema outra licitação foi aberta, onde uma segunda empresa distribuiu Chromebooks – notebooks alugados pela prefeitura, para que os profissionais de educação pudessem utilizar o sistema que é totalmente digital.
Em setembro do ano passado, entretanto, o contrato com a empresa fornecedora dos Chromebooks foi rompido por falta de pagamento e a mesma retirou os equipamentos, deixando os profissionais sem a ferramenta necessária para fazer uso do sistema. Já em dezembro o contrato de prestação de serviços do sistema venceu e a administração municipal não fez nova licitação ou contrato de emergência.
Para contornar a falta dos equipamentos, algumas escolas de forma independente adquiriram alguns notebooks para que os professores pudessem continuar usando o sistema, contudo a quantidade é muito limitada devido ao orçamento das escolas, fazendo com que profissionais disputassem as máquinas nas unidades onde estavam disponíveis, enquanto outras não puderam sequer arcar com a aquisição de novos notebooks sem a ajuda da prefeitura.
Desde o início do ano letivo, sem instrução adequada da prefeitura, professores e coordenadores estão confusos em como lidar com as informações dos alunos que deveriam ser armazenadas no sistema. Isso está gerando confusão entre os profissionais.
Apesar de ainda estar funcionando, o fato de que o contrato de prestação de serviços não está mais vigente deixa a integridade dos dados armazenados comprometida. Caso o sistema saia do ar, informações vitais sobre os alunos da rede pública municipal podem ser perdidas, prejudicando alunos, escolas e profissionais da área.
A CMES enviou questionamentos à Secretaria Municipal de Educação, mas não obteve respostas.
Sem as ferramentas para acessar o sistema e sem a certeza de sua continuidade, cada escola precisa encontrar o melhor método para garantir que as notas, faltas e presença dos alunos sejam registradas da melhor maneira, mas sem a instrução adequada da prefeitura isso pode colocar em risco o futuro dos alunos da rede municipal de educação.
Com a repentina mudança do Secretário Municipal de Educação a solução para este problema parece estar cada vez mais longe e os pais e alunos de Sumaré ficam sem saber o que será do futuro escolar dos jovens sumareenses.