sexta-feira, 21 novembro, 2025
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Saúde e trabalho: prefeituras restringem atestados após salto às segundas

Prefeituras de diversos municípios passaram a restringir a emissão de atestados médicos nas unidades de saúde, limitando o documento a casos que realmente justifiquem afastamento — como internações ou diagnósticos clínicos comprovados — com o objetivo de conter o uso indevido do sistema público e seus impactos sobre a saúde pública, as relações de trabalho e a produtividade empresarial. Em um exemplo citado no material, em Curitiba, entre janeiro e setembro foram emitidos 45 mil atestados aos domingos e 114 mil às segundas-feiras, um salto de 55%.

O release que motivou a mudança qualifica o fenômeno como a chamada “indústria do atestado”, apontando que a prática atravessa tanto a gestão da saúde pública quanto o ambiente de trabalho. Segundo o documento, o uso indevido tem efeitos diretos e indiretos sobre os serviços e a economia local.

Para o advogado Dr. Alan Carlos Ordakovski, especialista em Direito do Trabalho e assessor de grandes empresas, sócio fundador do escritório Ordakovski & Tavares Júnior Advogados (OTJ), a situação revela um desequilíbrio cultural. Ele alerta que a gestão pública precisa agir com responsabilidade sem penalizar quem realmente necessita de atendimento.

É como se a doença tivesse dia marcado para aparecer.

Dr. Alan Carlos Ordakovski — Advogado especialista em Direito do Trabalho

Impactos apontados

O documento lista prejuízos variados: perdas de produtividade, aumento de custos trabalhistas, sobrecarga de equipes e desorganização das rotinas de trabalho. Também há relato de impacto no clima organizacional e de erosão da confiança entre líderes e colaboradores.

O material destaca, ainda, a contribuição de parte do corpo médico, que por conveniência social ou empatia mal direcionada pode facilitar a perpetuação do problema.

O papel da telemedicina

A popularização da telemedicina entrou na discussão como um fator ambíguo. Embora amplie o acesso aos serviços de saúde, em alguns casos tem facilitado a obtenção de atestados sem exame físico, o que, segundo o release, indica necessidade de controles e critérios rigorosos para seu uso.

Como as empresas podem agir

O material recomenda que as empresas adotem postura ativa no enfrentamento do absenteísmo abusivo por meio de medidas técnicas e administrativas.

  • Políticas claras de afastamento com critérios objetivos e revisão de atestados reincidentes;
  • Auditorias médicas e parcerias ocupacionais para validação técnica;
  • Programas de bem‑estar e ergonomia para prevenção de adoecimentos;
  • Análise de dados e indicadores de RH para identificar padrões de abuso;
  • Capacitação de lideranças para tratar o tema com empatia, sem permissividade.

A mudança adotada por cidades como Curitiba é apresentada no material como um passo simbólico para reacender o debate sobre corresponsabilidade entre poder público, médicos, empresas e trabalhadores, com foco em compromisso, ética e responsabilidade coletiva.

Serviço

  • Contato: Ordakovski & Tavares Júnior Advogados Associados (OTJ)
  • Especialista: Dr. Alan Carlos Ordakovski — Advogado especialista em Direito do Trabalho e Gestão de Contencioso Empresarial

Fonte: Toda Comunicação

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