Com o fim do segundo turno das eleições, os resultados finais em São Paulo revelam um cenário desfavorável para o PT e seu líder, Lula. O partido conquistou apenas 4 prefeituras em todo o estado, uma queda significativa em comparação com as 11 prefeituras que tinha na Grande São Paulo em 2008. Essa derrota reflete uma crescente rejeição, especialmente nas regiões sul e sudeste.
O PSDB, que governou São Paulo por quase três décadas, também enfrentou uma derrocada. O partido, que em 2020 elegeu 173 prefeitos, agora obteve apenas 21, marcando o fim do que ficou conhecido como “tucanistão”. O PSDB perdeu espaço para partidos mais à direita, como PL e Republicanos, que se fortaleceram sob o governo de Tarcísio Freitas, que derrotou Rodrigo Doria em 2022.
Os grandes vencedores das eleições em SP foram o PSD de Gilberto Kassab e os partidos associados a Bolsonaro e Tarcísio. O PSD, por exemplo, aumentou sua representação de 64 prefeitos em 2020 para 206 eleitos nas últimas eleições, tornando-se a maior força política no estado. Em contrapartida, o partido de Bolsonaro conquistou 104 prefeituras, ampliando assim sua influência.
A vitória do PSD, que por sua vez é aliado de Lula em nível nacional, sugere uma busca da população por opções mais centristas, capazes de dialogar com ambos os lados. O prefeito de Nova Odessa, do PSD, exemplifica essa mudança ao afirmar: “Não fecho as portas para o presidente Lula ou para o governador Tarcísio. O foco é governar para o povo, independentemente de onde venha a ajuda”.
Esses resultados revelam uma tendência de declínio do extremismo político, com um crescimento notável de prefeitos de centro. Esse fenômeno reflete a decisão da maioria das cidades em optar por lideranças que priorizam a governança colaborativa e menos polarizada.
Fonte: Da redação
