Campinas, 09 de janeiro de 2025 – O setor de alimentação fora do lar continua a mostrar sua força como um dos pilares da economia brasileira. Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abasel), entre novembro de 2023 e novembro de 2024, foram abertas 148.232 novas empresas no segmento, considerando apenas aquelas registradas fora da categoria MEI (Microempreendedor Individual). Nas 20 cidades que formam a Região Metropolitana de Campinas (RMC), foram abertas no período 2.933 novos bares e restaurantes.
O número de MEIs no país teve queda expressiva no período, saindo de 860 mil CNPJs para cerca de 660 mil. Boa parte deles cresceu e se transformou em microempresas. Outra parte teve baixa por parte da Receita Federal, por falta de pagamento das obrigações. São MEIs abertos por pessoas que perderam emprego na pandemia e deixaram de pagar a Declaração Anual de Faturamento (DAS) após conseguir nova recolocação. Com isso, hoje há cerca de 1,35 milhão de empresas no setor, sendo que 53,31% são não-MEIs.
André Mandetta, presidente da Abrasel Campinas, diz que este dinamismo na abertura de novos negócios no setor de alimentação fora do lar se deve a vários fatores, em especial à força da RMC, um dos principais polos econômicos do país, responsável por cerca de 9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, e da capacidade de atração de investimentos.
“A região metropolitana, tendo Campinas como carro-chefe por seu tamanho, se consolida cada vez mais como o principal polo gastronômico do Interior de São Paulo e supera diversas capitais brasileiras, como Acre, Amapá, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins, por exemplo, o que acaba despertando o interesse dos empresários para o setor”, diz ele.
Para Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, os dados evidenciam o papel estratégico do setor na geração de empregos e renda no país. “O aumento na abertura de CNPJs não-MEIs mostra um fortalecimento do setor, que agora tem em sua maioria empresas com porte mais robusto, que empregam mais e pagam mais impostos. Os MEIs eram maioria desde maio de 2020, agora estamos voltando a uma configuração mais saudável e equilibrada”, analisa Solmucci.
O otimismo também se reflete na expectativa de faturamento das empresas no setor. Pesquisa recente da Abrasel indicou que 73% dos empreendedores esperam aumentar as vendas no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado.
“A confiança dos empreendedores reflete a importância do setor para a economia e para a geração de empregos. É um momento positivo que precisa ser acompanhado por ações concretas para apoiar essa retomada. Há uma preocupação grande em relação ao aumento de juros e ao dólar, e nosso setor é um dos que mais sentem este tipo de influência”, completa.
Fonte: Comunicação Estratégica Campinas
