Com a chegada de mais um final de ano, somos tomados por um sentimento de reflexão característico dessa época. Ao lado das confraternizações que marcam o período, é comum avaliarmos o que conseguimos realizar nos últimos doze meses. Diversas perguntas invadem nossos pensamentos:
- Fizemos o que nos propusemos?
- Alcançamos nossas metas?
- Passamos mais tempo de qualidade com a família?
- Viajamos tanto quanto gostaríamos?
- Conseguimos guardar o dinheiro que planejamos?
- Voltamos à academia?
- Fomos promovidos?
Espero que você, que está lendo este texto, tenha mais avaliações positivas do que negativas sobre suas expectativas e conquistas nesta última volta ao redor do sol.
A maioria das pessoas que conheço tem o hábito de fazer planos e traçar metas para o ano novo. Ao refletir sobre as resoluções feitas para este ano que se encerra, vejo cada uma delas como montanhas a serem escaladas. O cume, logicamente, representa a realização, a missão cumprida e onde pretendemos chegar.
Cada um de nós escolheu sua própria montanha e, com base em conhecimentos e experiências de vida, determinou um caminho para buscar o topo. No entanto, sabemos que nem tudo depende exclusivamente de nós. As condições climáticas, por exemplo, não são controláveis. Mesmo que tenham nos desafiado e retardado nosso avanço, também nos deixaram mais fortes e preparados para seguir em busca de nossos objetivos.
Não estamos sozinhos nessa busca. Assim como as condições climáticas, não temos controle sobre os outros e como eles podem interferir em nosso caminho. Cada um possui seus próprios recursos, ferramentas e estratégias. Comparar-se a outros pode reduzir nosso mérito e motivação. Às vezes, aquele que está em um ponto mais alto começou antes ou está parado há algum tempo.
É possível que algumas montanhas não tenham sido “vencidas” por completo neste período. As montanhas mais altas e complexas exigem mais de nós e são menos previsíveis. Contudo, podemos olhar para trás e identificar marcos que foram alcançados, indicando nossa evolução na escalada. Isso nos ajuda a manter a motivação na busca pelo objetivo maior.
O passo mais importante da jornada é sempre o primeiro, e o segundo mais importante é o próximo. Cada passo à frente nos aproxima do topo. Se ainda não chegamos onde gostaríamos, podemos comemorar por estarmos cada vez mais distantes do ponto de partida!
Talvez já estejamos onde muitos gostariam de chegar, e muitos sequer alcançarão um dia. Por isso, é fundamental valorizar todas as conquistas, inclusive as pequenas, e, sobretudo, as nossas.
Espero que essa reflexão nos faça visualizar e comemorar cada passo dado nas escaladas de 2024 e, da mesma forma, planejar novas montanhas para o ano seguinte. Afinal, mais perigoso do que se aventurar nas montanhas é se acomodar na base delas.
Que tenhamos todos um ótimo final de ano, repleto de bons momentos e próximos de quem amamos!
Por Miguel Lucian
