No ano passado, a Prefeitura Municipal de Sumaré gastou mais de R$ 32 milhões com o PROEB para garantir vagas em creches particulares para as crianças da cidade. Apesar da necessidade urgente de vagas, essa quantia elevada acaba nas mãos de empresários, em vez de ser investida na construção de creches municipais.
O PROEB, Programa de Educação Básica de Sumaré, foi criado em 2007 durante a gestão de Antônio Bacchim, do PT, como uma medida emergencial para compensar a falta de creches municipais. Através deste programa, a prefeitura estabelece convênios com escolas particulares, arcando com os custos das mensalidades, enquanto as creches oferecem vagas sem custo adicional para as famílias.
Desde o início do governo de Luiz Dalben, o valor total pago a escolas particulares através do PROEB acumulou R$ 198.495.050,44 até o último mês de agosto, conforme dados do portal de transparência da prefeitura. A obra da creche do Jardim Lucélia, que está parada há vários anos, foi orçada em R$ 1,6 milhão. Isso significa que, durante seus oito anos de mandato, o prefeito poderia ter construído mais de 120 creches na cidade, um número muito superior ao necessário para atender à demanda.
Ademais, a falta de creches impacta diretamente a comunidade. Muitas famílias enfrentam dificuldades para conciliar trabalho e cuidados infantis, resultando em aumento da ansiedade e estresse. A dificuldade em encontrar vagas nas creches também leva a um aumento na desigualdade social, pois as crianças que não têm acesso à educação infantil de qualidade enfrentam desafios no futuro.
O governo precisa urgentemente repensar suas prioridades, o programa que foi criado durante o governo do PT, não solucionou o problema com as creches em Sumaré. A solução definitiva para o problema das creches em Sumaré deve ser a construção de unidades públicas, ao invés de apenas depender de soluções paliativas como o PROEB. A população clama por ações concretas que garantam um futuro melhor para as crianças e suas famílias.
Fonte: Da redação