sábado, 18 outubro, 2025
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Privacidade infantil na internet: dados e recomendações indicam necessidade de atualizar orientações a pais

Orientações sobre segurança infantil precisam ser atualizadas para a era das redes sociais e das crianças influenciadoras digitais; no Brasil, 96,5% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos já acessaram a internet e 33,1% desse grupo já passou por situações ofensivas, segundo o levantamento TIC Kids Online Brasil 2022.

Por que atualizar?

Conselhos tradicionais como “não aceite doces de estranhos” ou “não converse com desconhecidos na rua” não cobrem os riscos do ambiente digital. As redes sociais trazem possibilidades de exposição, identificação de rotinas e contato com pessoas fora do círculo familiar, exigindo orientações específicas.

O que é sharenting

O termo sharenting combina “share” (compartilhar) e “parenting” (parentalidade) e descreve a prática de publicar o dia a dia das crianças nas redes sociais. Quando feito de forma crítica e consciente, permite dividir momentos com amigos e familiares; sem critérios, pode representar riscos à segurança e à privacidade da criança.

Riscos principais

A Sociedade Brasileira de Pediatria alerta para perigos associados à exposição infantil exagerada na internet.

A exposição excessiva de crianças online pode facilitar roubo de identidade, cyberbullying e uso indevido de imagens por predadores ou para fins comerciais.

Sociedade Brasileira de Pediatria
  • Roubo de identidade: dados e imagens podem ser usados para fraudes.
  • Cyberbullying: comentários e publicações que atingem a autoestima.
  • Uso indevido de imagens: compartilhamento por adultos com intenções comerciais ou predatórias.
  • Impacto na saúde mental: exposição prolongada pode gerar ansiedade e vergonha.

Recomendações para pais

Medidas práticas ajudam a reduzir riscos sem impedir o uso das redes quando apropriado.

  • Evitar imagens íntimas: não publicar fotos da criança com pouca roupa.
  • Não identificar locais: evitar fotos que mostrem escolas, academias ou endereços.
  • Privacidade: optar por redes e perfis restritos a amigos e familiares.
  • Pensar no futuro: avaliar se a publicação pode constranger a criança mais tarde.
  • Monitoramento: acompanhar o que os filhos fazem online e com quem mantêm contato.

Proteção e diálogo

Dialogar abertamente é tão importante quanto aplicar regras técnicas. Explicar riscos e sinais ajuda a criança a reagir com segurança.

  • Conversas regulares: falar sobre bullying, discurso de ódio, fake news e sexualidade de forma adequada à idade.
  • Limitar tempo de tela: estabelecer horários, inclusive durante férias.
  • Ferramentas de mediação: usar aplicativos e controles parentais quando necessário.
  • Atividades off-line: incentivar brincadeiras, esportes e momentos com família e amigos.

Preparar, não isolar

Não existe um manual único de educação parental e não é possível eliminar todos os riscos online. Ainda assim, é possível preparar melhor crianças e adolescentes para reconhecer contatos suspeitos e conteúdos inadequados.

Combinar limites, supervisão e diálogo fortalece a capacidade dos menores de navegar com mais segurança pelo ambiente digital.

Fonte: Unimed

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