quinta-feira, 12 dezembro, 2024
Formatar Data em JavaScript

Presidente do Ciesp, Rafael Cervone, destaca a importância do setor para o crescimento da economia e critica medidas que prejudicam a indústria

O presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Rafael Cervone, destacou a importância do setor industrial para o crescimento sustentado da economia. Ao comentar o avanço de 1,4% do PIB no segundo trimestre, anunciado pelo IBGE, Cervone afirmou que a indústria é a atividade com o maior fator de multiplicação, gerando R$ 2,44 para cada R$ 1,00 que produz.

Embora tenha impulsionado a economia no período, com incremento de 1,8%, a indústria de transformação enfrenta numerosos obstáculos, que causaram a queda de sua participação no PIB. Cervone criticou as medidas que prejudicam a indústria, como o projeto de lei que aumenta as alíquotas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do imposto sobre a renda retido na fonte incidente sobre os juros sobre capital próprio, que o governo acaba de encaminhar ao Congresso Nacional.

Além disso, Cervone mencionou a incerteza sobre a desoneração da folha de pagamentos, que foi derrubada depois de 13 anos e será paulatinamente extinta até 2027, sem que se apresente solução alternativa eficaz para reduzir os custos trabalhistas no Brasil. Outros problemas recentes incluem a competição desleal com produtos vendidos pelas plataformas internacionais de e-commerce, que estão pagando apenas 20% do Imposto de Importação para encomendas de até US$ 50.

Cervone também criticou a tributação das subvenções para investimento e custeio (incentivos de ICMS – Lei 14.789/2023), que acarreta perdas estimadas em R$ 25,9 bilhões, e a limitação temporal ao aproveitamento de créditos tributários federais decorrentes de decisão judicial (Lei 14.873/2024), com perdas estimadas em R$ 24 bilhões.

“Esse conjunto de medidas limita os impactos de políticas públicas como a Nova Indústria Brasil (NIB) e a Depreciação Acelerada antes mesmo de começarem a apresentar resultados”, ponderou Cervone. Para ele, “o PIB do segundo trimestre demonstrou que o fomento do setor, que não tem sido priorizado no País, é fundamental para o crescimento sustentado mais robusto da economia.”

Fonte: Roncon & Graça Comunicações

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhar Post

Popular

Descubra mais sobre Jornal Spasso Cidades

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading