quinta-feira, 7 novembro, 2024
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Pesquisas Eleitorais Discrepantes em Sumaré Chamam a Atenção e Levam a Casos de Justiça na Região

Quem acompanhou as últimas eleições se deparou com diversas pesquisas eleitorais sendo publicadas. Enquanto algumas apresentavam resultados similares entre si, outras se destacavam pela discrepância em relação a outras pesquisas. Um exemplo disso foi a última pesquisa feita pelo Instituto Vox Brasil Pesquisas e Opinião em Sumaré, realizada entre os dias 29 e 30 de setembro, cerca de uma semana antes das eleições. Segundo informou o instituto, a margem de erro foi de 4% e a confiança era de 95%. Nela, o primeiro colocado era Eder Dalben, com 31,4% dos votos válidos, seguido de Henrique do Paraíso com 24,4% e Willian em terceiro, com 22,4%.

Apesar dos números apresentados pelo Vox Brasil, o resultado nas urnas foi bem diferente. Henrique do Paraíso ficou na liderança, com 44,41% dos votos válidos, em vez dos 24,4% apontados na pesquisa. Willian, que estava em terceiro segundo o instituto, ficou em segundo lugar com 31,5% dos votos, quase 9% a mais do que o indicado pela pesquisa. Já Eder, o líder segundo o Vox Brasil, teve apenas 16,95%, uma diferença de 14,45% em relação à pesquisa.

À título de comparação, uma pesquisa realizada pelo Instituto Veritá entre os dias 16 e 20 de setembro apontou Henrique como o primeiro colocado com 42,2% das intenções de voto, seguido de Willian com 25,5% e Eder com 22,8%. Mesmo tendo sido realizada dez dias antes da pesquisa do Instituto Vox Brasil, a previsão se aproximou muito mais do resultado oficial.

Não é apenas em Sumaré que o Instituto Vox Brasil Pesquisas e Opinião foi alvo de polêmica. No início de outubro, a justiça proibiu a divulgação de uma pesquisa do instituto na cidade de Limeira. Em Cordeirópolis, também no início do mês, a justiça impediu a divulgação de uma pesquisa do mesmo instituto, por suspeitas de fraude.

O problema não é novidade em Sumaré. No início do mês passado, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) impugnou uma pesquisa do instituto na cidade, que pretendia medir a preferência de eleitores diante de possíveis pré-candidatos a prefeito. A decisão, proferida pela juíza Roberta Steindorff Malheiros, determinou a suspensão da divulgação dos resultados por meio de uma liminar, ao entender que a pesquisa possuía “vícios” de apuração e estava “eivada de ilegalidades que prejudicariam sua legitimidade.”

Essas divergências nas pesquisas eleitorais em Sumaré não apenas levantam questionamentos sobre a precisão dos dados, mas também lançam dúvidas sobre a transparência e a integridade do processo eleitoral na região. A repercussão dessas discrepâncias poderá impactar a confiança do eleitorado nas pesquisas futuras e gerar discussões sobre a necessidade de regulamentação mais rigorosa para a realização e divulgação de tais estudos.

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