sábado, 12 julho, 2025
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Pai denuncia falhas no sistema de saúde de Paulínia após morte do bebê Lucas

O pai de Lucas Venceslau Souza, de seis meses, denuncia atraso de ambulância e falta de equipamento pediátrico no Hospital Municipal de Paulínia, que teriam causado a morte do bebê em 26 de junho.

O pai do bebê Lucas Venceslau Souza, de apenas seis meses, acusa o sistema de saúde de Paulínia de falhas graves que resultaram na morte do filho. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Mick de Oliveira Souza relatou que o atraso de duas horas na chegada de uma ambulância com UTI móvel e a ausência de peças para a máquina de respiração pediátrica no Hospital Municipal foram determinantes para o desfecho fatal.

Lucas havia sido diagnosticado com bronquiolite e tratado em casa por cerca de 30 dias. No dia 26 de junho, apresentou febre alta, vômitos e agravamento do quadro clínico. Levado à UPA do bairro São José, sofreu uma convulsão e foi estabilizado pela equipe médica local.

A transferência para o Hospital Municipal foi solicitada, mas a ambulância só chegou após duas horas de espera, período em que a família tentou contato com a Ouvidoria sem sucesso.

“Ninguém deu valor à vida de uma criança”. Mick de Oliveira Souza

  • Data: 26 de junho
  • Local: UPA do bairro São José
Após a chegada ao Hospital Municipal, a situação continuou crítica. A médica responsável solicitou mais enfermeiros, mas foi informada da indisponibilidade de profissionais, pois a equipe estava ocupada com outras emergências. Apenas técnicos e a chefe da enfermagem auxiliaram no atendimento.

Segundo o pai, o hospital não possuía a peça necessária para utilizar a máquina de respiração adequada para bebês, o que impediu a entubação de Lucas.

“A peça que faltava era para usar a máquina em bebês, uso pediátrico”. Mick de Oliveira Souza

O bebê faleceu às 22h20 do mesmo dia, antes de receber a entubação.

O pai do pequeno Lucas, Mick de Oliveira Souza
Em vídeo, Mick questionou diretamente o prefeito Danilo Barros:

“Eu quero saber o que o prefeito vai fazer? Você vai arrumar essa máquina de respiração ou vai esperar mais criança morrer?”. Mick de Oliveira Souza

Ele acrescentou:

“Eu sou um pai que perdi meu filho. Seis meses. Seis meses de alegria. Você vai esperar mais criança morrer, prefeito?”. Mick de Oliveira Souza

Em resposta à repercussão, o prefeito Danilo Barros e o secretário municipal de Saúde, Dr. Antonio Carlos, publicaram um vídeo afirmando solidariedade à família, mas negando falhas no atendimento. O secretário declarou que o relato do pai

“não condiz com a verdade”. Dr. Antonio Carlos, secretário municipal de Saúde

e garantiu que não faltaram equipamentos, medicamentos ou profissionais.

O prefeito Danilo Barros ao lado do secretário municipal de Saúde, Dr. Antonio Carlos

Segundo ele, a transferência do bebê foi priorizada após outras duas ocorrências graves: um capotamento e uma suspeita de infarto, e que o caso de Lucas estava sendo monitorado na unidade de saúde.

A família não aceitou a versão oficial. Em entrevista, Mick rebateu:

“O prefeito se pronunciou por vídeo, disse que era mentira, que não está faltando nada no hospital, que tinha ambulância. Quero responder, porque ele é um mentiroso. Dois mentirosos no vídeo lá, um absurdo. Na hora que meu filho precisou, faltou sim. Faltou enfermeira, faltou equipamento e a ambulância demorou duas horas. Em vez de me procurar, preferiu me chamar de mentiroso depois de perder meu filho.” Mick de Oliveira Souza

O atestado de óbito apontou complicações causadas pelo vírus Influenza. Lucas foi atendido na tarde do dia 26, mas faleceu na noite do mesmo dia.

Até o fechamento desta edição, nem o prefeito Danilo Barros nem o secretário de Saúde procuraram a família diretamente, apesar do pai ter divulgado publicamente seu número de telefone.

Este caso evidencia falhas no sistema de saúde pública de Paulínia, que deveria garantir atendimento rápido e eficaz, especialmente em emergências pediátricas.

A morte do bebê Lucas tornou-se símbolo de dor e indignação na região metropolitana de Campinas, incluindo cidades próximas como Sumaré, Nova Odessa e Hortolândia, e exige respostas e providências urgentes para proteger a vida e a dignidade das famílias locais.

Fonte: Da redação

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