O pai de Lucas Venceslau Souza, de seis meses, denuncia atraso de ambulância e falta de equipamento pediátrico no Hospital Municipal de Paulínia, que teriam causado a morte do bebê em 26 de junho.
Lucas havia sido diagnosticado com bronquiolite e tratado em casa por cerca de 30 dias. No dia 26 de junho, apresentou febre alta, vômitos e agravamento do quadro clínico. Levado à UPA do bairro São José, sofreu uma convulsão e foi estabilizado pela equipe médica local.
A transferência para o Hospital Municipal foi solicitada, mas a ambulância só chegou após duas horas de espera, período em que a família tentou contato com a Ouvidoria sem sucesso.
“Ninguém deu valor à vida de uma criança”. Mick de Oliveira Souza
- Data: 26 de junho
- Local: UPA do bairro São José
Segundo o pai, o hospital não possuía a peça necessária para utilizar a máquina de respiração adequada para bebês, o que impediu a entubação de Lucas.
“A peça que faltava era para usar a máquina em bebês, uso pediátrico”. Mick de Oliveira Souza
O bebê faleceu às 22h20 do mesmo dia, antes de receber a entubação.

“Eu quero saber o que o prefeito vai fazer? Você vai arrumar essa máquina de respiração ou vai esperar mais criança morrer?”. Mick de Oliveira Souza
Ele acrescentou:
“Eu sou um pai que perdi meu filho. Seis meses. Seis meses de alegria. Você vai esperar mais criança morrer, prefeito?”. Mick de Oliveira Souza
“não condiz com a verdade”. Dr. Antonio Carlos, secretário municipal de Saúde
e garantiu que não faltaram equipamentos, medicamentos ou profissionais.

Segundo ele, a transferência do bebê foi priorizada após outras duas ocorrências graves: um capotamento e uma suspeita de infarto, e que o caso de Lucas estava sendo monitorado na unidade de saúde.
“O prefeito se pronunciou por vídeo, disse que era mentira, que não está faltando nada no hospital, que tinha ambulância. Quero responder, porque ele é um mentiroso. Dois mentirosos no vídeo lá, um absurdo. Na hora que meu filho precisou, faltou sim. Faltou enfermeira, faltou equipamento e a ambulância demorou duas horas. Em vez de me procurar, preferiu me chamar de mentiroso depois de perder meu filho.” Mick de Oliveira Souza
Até o fechamento desta edição, nem o prefeito Danilo Barros nem o secretário de Saúde procuraram a família diretamente, apesar do pai ter divulgado publicamente seu número de telefone.
A morte do bebê Lucas tornou-se símbolo de dor e indignação na região metropolitana de Campinas, incluindo cidades próximas como Sumaré, Nova Odessa e Hortolândia, e exige respostas e providências urgentes para proteger a vida e a dignidade das famílias locais.
Fonte: Da redação