quinta-feira, 7 novembro, 2024
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Padre Renato, do Picerno, usa redes sociais para criticar prefeitura na celebração do aniversário da cidade

O Padre Renato de Moura Petrocco, pároco da Paróquia São Apóstolo na região do Picerno usou o Instagram para fazer críticas à Prefeitura Municipal de Sumaré durante as celebrações do aniversário da cidade.

Padre Renato de Moura Petrocco, pároco da Paróquia São Apóstolo na região do Picerno

Dia 26 de Julho Sumaré celebrou 156 anos. Nesta mesma data, em 1868, foi erguida uma capela em homenagem à Nossa Senhora de Sant’Ana, padroeira da cidade, que foi o marco de fundação do município.

Durante a celebração do aniversário da cidade também aconteceu a Marcha Para Jesus, evento voltado ao público evangélico. Segundo o Pe. Renato o fato de a prefeitura ter dado apoio à Marcha, mas não ter dado a devida atenção às celebrações da padroeira da cidade poderia indicar um certo descaso com a Igreja Católica na cidade.

Nas palavras do religioso, “(…) é sim muito importante que o poder público apoie iniciativas religiosas que proporcionam aos seus cidadãos momentos bons, que elevam o espírito e ajudam a construir uma cidade mais justa e fraterna(…)”, mas ao mesmo tempo era “uma pena que a Igreja Católica Apostólica Romana de nossa cidade tenha que mendigar um mínimo para nossas missas e eventos”.

Ainda segundo o religioso, além do dia da padroeira existem outros eventos que “não são só religiosos, mas culturais” como Corpus Christi e Nossa Senhora Aparecida. Ainda completa “somos 10 paróquias e somos ignorados ou recebemos migalhas”.

Para finalizar, Renato diz que “a cidade de Sumaré foi edificada sob a fé desse povo e tal evento com mega estrutura no dia da padroeira da cidade, a senhora Santana, é uma demonstração pública de descaso e desrespeito conosco”.

O pároco ainda questiona o porquê, segundo sua própria opinião, a prefeitura daria preferência à uma religião em detrimento de outra.

O debate levantou questionamentos nas redes sociais sobre o quanto o poder público deve financiar ou participar de eventos religiosos. Também foi questionada a participação de políticos em tais eventos.

A questão é que sendo o Brasil um Estado Laico e ao mesmo tempo tendo uma diversidade religiosa tão grande, quando trata-se das relações entre o poder público e a religião, o assunto pode ser bem delicado.

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