quinta-feira, 12 dezembro, 2024
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O que é Síndrome de Burnout e quais os principais cuidados

Traduzindo do inglês, o termo é composto por 2 palavras: “burn” que significa queima e “out” exterior. Neste contexto, podemos entender “Burnout” como “queimar até o final”, um esgotamento.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional, como também é chamada em português, é um distúrbio emocional resultante do estresse crônico no local de trabalho e que não foi administrado com sucesso.

Em um estado avançado, ele pode resultar em estados de depressão profunda, por isso é essencial conhecê-la e ficar atento a seus indícios, não deixando que tome maiores proporções. Em maio de 2019, a OMS incluiu a síndrome de Burnout na 11ª revisão da classificação internacional de doenças (CID-11) como um fenômeno ocupacional.

O que causa a Síndrome de Burnout?

De maneira resumida, a Síndrome de Burnout é causada, pelo excesso de trabalho e segundo a OMS é caracterizada por três dimensões:

Sensações de esgotamento de energia física e mental ou exaustão; distanciamento mental do trabalho, sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao trabalho; eficácia profissional reduzida.

Em uma cultura profissional obcecada pela produtividade e imediatismos, o esgotamento se tornou frequente. Em uma pesquisa realizada em 2020 pela Deloitte, foi descoberto que 77% dos entrevistados tinham passado pela síndrome de Burnout em seus empregos.

O caso se tornou ainda mais grave no decorrer da pandemia, segundo o Microsoft 2021 Work Trend Index, o “Manual de tendência de trabalho anual da Microsoft”, 54% da força de trabalho entrevistada em todo o mundo está com sobrecarga de trabalho e 39% está exausta.

Três em cada quatro pessoas já passaram por algum quadro da síndrome de Burnout e uma em cada três está sofrendo com o quadro no momento, são números muito altos.

Atualmente, muitas organizações atuam em modelos de trabalho sempre ativos, que estão desgastando as pessoas e prejudicando sua saúde e desempenho, ao invés de proporcionar produtividade, inovação e engajamento.

Ainda no Index da Microsoft, um em cada cinco entrevistados afirmou que seus empregadores não se preocupam com o balanço entre suas vidas sociais e o trabalho.

Síndrome de Burnout

Em muitas empresas, a jornada de trabalho começa no início da manhã e vai até tarde da noite, em alguns casos também invadindo os finais de semana. Diante deste cenário, alguns fatores, no contexto de trabalho, que acontecem de forma repetitiva e podem causar a Síndrome de Burnout são:

Tratamento injusto; carga de trabalho incontrolável; falta de clareza de funções; falta de comunicação e apoio da liderança; pressão de tempo irracional.

É tarefa da equipe de gestão de pessoas ficar atenta a esses padrões. Nós recomendamos a Pesquisa de Clima em uma periodicidade trimestral para uma melhor capacidade de predição de turnover, maior adesão da equipe e também para se identificar sintomas de esgotamento ou problemas de bem-estar.

Diagnóstico e sintomas comuns

O diagnóstico da Síndrome de Burnout é feito por um psiquiatra ou psicólogo especializados. É comum o agravamento dos casos de esgotamento antes da procura de ajuda médica.

A negligência ocorre, pois, muitos dos sintomas surgem de forma moderada e os que já estão acometidos acham que são sensações passageiras, não identificando uma causa específica. Alguns dos sintomas mais comuns segundo o Ministério da Saúde são:

Cansaço excessivo, físico e mental; dor de cabeça frequente; alterações no apetite; insônia; dificuldades de concentração; sentimentos de fracasso e insegurança; negatividade constante; sentimentos de derrota e desesperança; sentimentos de incompetência; alterações repentinas de humor; isolamento; fadiga; pressão alta; dores musculares; problemas gastrointestinais; alteração nos batimentos cardíacos.

Como tratar a Síndrome de Burnout?

Infelizmente, apesar de serem conselhos bem-intencionados, alguns dias de pausa ou férias não irão resolver o problema, caso a Síndrome seja de fato diagnosticada.

Alguém que está lidando com a Síndrome de Burnout, precisa mudar drasticamente padrões e o estilo de vida e contar com o apoio das pessoas ao redor

Síndrome de Burnout

Aprenda a desligar-se do ambiente profissional e do trabalho às vezes

Alguém que está lidando com a Síndrome de Burnout, precisa mudar drasticamente padrões e o estilo de vida e contar com o apoio das pessoas ao redor. Alguns passos a serem tomados são:

1- Domine o problema

Apesar de clichê, reconhecer que o problema existe é o primeiro passo para enfrentá-lo e superá-lo. A forma como esse enfrentamento e superação ocorrem é pessoal, não se deve ter medo de tentar coisas diferentes para descobrir o que funciona.

O que não funciona é aumentar a carga de trabalho, trabalhar só agravará o esgotamento. São necessárias mudanças conscientes de atitude, carga de trabalho e hábitos.

2- Aprenda a desligar-se mentalmente do trabalho

Você realmente sai do trabalho ou apenas muda de cenário? Ser capaz de se desconectar fora do horário de trabalho nos torna não só mais resilientes sob situações de estresse, como, também mais produtivos e engajados no horário certo de trabalho.

É importante reconhecer e talvez mudar a forma que você faz a transição entre o trabalho e a vida pessoal, e transformar isso em um padrão constante.

3- Tenha conversas difíceis

Pode ser que não seja a atitude ou hábito de trabalho dos funcionários que precisem mudar, e sim a própria carga de trabalho da empresa. Conversar e entender se alguém, ou até mesmo uma equipe, está sobrecarregada é muito importante.

Caso não seja possível tratar a questão desta forma, o próximo passo é ficar atento a sinais de piora e fazer um acompanhamento psiquiátrico e psicológico, podendo ou não envolver medicamentos como antidepressivos e ansiolíticos.

Tirar um tempo para você é fundamental

Como a síndrome de Burnout é algo essencialmente relacionado ao excesso de trabalho, a prevenção se dá fundamentalmente entre o equilíbrio entre trabalho, lazer, família, vida social, atividades físicas e descanso.

Estresse, ansiedade e outras questões psicológicas exigem cuidado e reflexões individuais. Como já citamos anteriormente, apesar de não solucionar o problema, a recomendação de férias funciona como forma preventiva. Sabendo aproveitar as férias e o tempo livre, as pessoas conseguem equilibrar a vida social e profissional.

Fonte: Mindsigth

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