Muitos mitos e tabus cercam os exames de próstata, prejudicando a prevenção e o diagnóstico precoces. Entender a diferença entre PSA e toque retal e conhecer sinais de alerta ajuda homens e famílias a tomar decisões informadas sobre rastreio e tratamento.
PSA e toque retal
O PSA (antígeno prostático específico) é medido por exame de sangue e indica a produção dessa proteína pela próstata. Já o toque retal é um exame físico rápido que avalia tamanho, superfície e outras características da glândula.
Cada exame tem limitações: o PSA pode estar normal em até 15% dos homens com câncer de próstata, por isso não substitui o exame de toque. Em conjunto, ambos fornecem informações essenciais para o urologista decidir sobre a necessidade de biópsia e planejar o tratamento.
Quando iniciar o rastreio
Não há consenso absoluto sobre a idade ideal para começar os exames; a decisão deve ser tomada em consulta com o médico. Em linhas gerais, a conversa sobre rastreamento costuma começar entre os 40 e 50 anos, com atenção especial para quem tem histórico familiar de câncer de próstata.
Organizações como o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde não recomendam rastreio amplo sem critérios, mas exames são recomendados para homens de maior risco ou que apresentem sintomas.
Fatores de risco
- Idade: risco aumenta especialmente a partir dos 55 anos.
- Histórico familiar: pai, avô ou irmão com diagnóstico antes dos 60 anos eleva o risco.
- Sobrepeso e obesidade: associados a maior probabilidade de doença avançada.
Sintomas de alerta
O câncer de próstata pode ser silencioso no início, mas alguns sinais merecem investigação médica. Procure orientação se houver dificuldade ou ardor ao urinar, demora para iniciar ou terminar a micção, sangue na urina, jato fraco, aumento da frequência urinária ou dor na região do períneo.
Esses sintomas também podem indicar condições benignas, mas exigem avaliação profissional para diagnóstico correto.
Impacto na vida sexual
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) informa que os exames não têm relação com a sexualidade. O tratamento, por sua vez, pode provocar uma redução temporária da excitação sexual, com tendência de retorno ao longo de alguns meses a até um ano.
Estima-se que aproximadamente metade dos homens com bom desempenho sexual antes do tratamento mantenham esse desempenho até a conclusão do tratamento.
Por que se prevenir
O câncer de próstata responde por cerca de 29% dos diagnósticos de câncer entre homens no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Manter rotina de exames e consultas é fundamental: quando detectado precocemente, a chance de cura pode chegar a 90%.
Procurar orientação médica de confiança e conversar com a família sobre receios e dúvidas ajuda a desmistificar o tema e incentiva a prevenção por meio de informação e apoio.
Fonte: Unimed




