A cidade de Nova Odessa segue sem confirmações ou notificações de casos suspeitos de Monkeypox (ou “Mpox”) em 2024. A informação foi passada pela coordenadora da Vigilância Epidemiológica da rede municipal de Saúde, Paula Mestriner. Caso surjam casos possíveis da doença, a cidade está preparada para prestar o atendimento indicado, garantiu a enfermeira.
Segundo Paula, em 2022, foram registradas 8 notificações de suspeitas de Monkeypox em Nova Odessa, das quais apenas 2 casos se confirmaram laboratorialmente. Em 2023, foram 4 notificações, sendo todas negativas para Monkeypox. Os dois pacientes com diagnóstico positivo em 2022 se curaram, não houve nenhum óbito.
“Até o momento, não tivemos notificação de casos suspeitos neste ano de 2024, e acreditamos que não terá impacto no Sistema de Saúde local, até porque agora temos um Serviço Especializado de Infectologia, que não tínhamos nos anos anteriores”, afirmou Paula Mestriner.
Ela se refere ao novo CRI (Centro de Referência em Infectologia) inaugurado pela atual gestão municipal em 1º de dezembro de 2023. A nova unidade centraliza praticamente todos os atendimentos e acompanhamentos dos pacientes com doenças infectocontagiosas.
O Centro de Referência em Infectologia oferece consultas com médicos infectologistas e com a Enfermagem, testes rápidos, atendimento farmacêutico especializado, dispensação de medicamentos gratuitos para estas doenças e tratamento em geral. O CRI fica na Rua 1º de Janeiro, nº 280, no Centro da cidade. O atendimento vai das 7h às 16h, de segunda a sexta-feira.
NO ESTADO
Segundo a Agência Brasil, o Estado de São Paulo registrou 315 casos de Mpox de janeiro a julho deste ano. O número é mais que o triplo do registrado no mesmo período do ano passado, quando foram detectados 88 casos no Estado. Por isso, o Governo passou a monitorar os casos com mais atenção e está elaborando notas informativas sobre a doença, conhecida popularmente como varíola dos macacos.
A Mpox é transmitida pelo vírus Monkeypox, por meio de pessoas, animais ou objetos contaminados, e tem como principal sintoma erupções cutâneas e lesões na pele. O diagnóstico é feito em laboratório, pela secreção das lesões ou das crostas, quando o ferimento já está seco. Entre os sintomas estão linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.
O tempo de intervalo entre o contato com o vírus e o início da manifestação da doença é entre 3 a 16 dias. A partir do desaparecimento das erupções na pele, a pessoa infectada deixa de transmitir o vírus. As lesões podem ser planas ou com relevo, com a presença de líquido claro ou amarelado, e tendem a surgir em qualquer parte do corpo, sobretudo no rosto, pés e na palma das mãos.
Para se prevenir, a recomendação é evitar o contato com pessoas infectadas ou com suspeita da doença, ficar atento para o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas, lençóis e escovas de dentes, lavar as mãos regularmente e higienizar adequadamente os itens de uso diário.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a doença tende a ser leve e geralmente os pacientes se recuperam sem tratamento específico, apenas com repouso, hidratação oral e medicação para aliviar os sintomas, como a dor e febre, e assim evitar sequelas.