quinta-feira, 12 dezembro, 2024
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Natureza e saúde mental: qual a relação?

Confira os incríveis benefícios que a natureza pode proporcionar para a saúde mental e o bem-
estar diário

A relação entre natureza e saúde mental tem ganhado cada vez mais destaque entre a comunidade científica. E não é para menos: diversos estudos já mostraram que a exposição à natureza pode trazer benefícios enormes para as pessoas. Principalmente aquelas que vivem em grandes centros urbanos.

Passar um tempo em espaços verdes, com flores e árvores é uma maneira simples de relaxar e ter uma folga da correria cotidiana.

A solução para os transtornos mentais pode estar na natureza

Os transtornos mentais estão entre as principais causas de incapacidade e afastamento das atividades laborais em todo o mundo. Mas a solução para o problema parece estar muito mais perto do que se imagina.

Então, como o meio ambiente pode afetar corpos e mentes? Um estudo da Nature revela que somente duas horas por semana de contato com a natureza podem promover um significativo aumento na sensação de bem-estar. Além de melhorar o humor e aliviar os sintomas de depressão, ansiedade e estresse.

Por isso, a implantação de espaços verdes urbanos é cada vez mais importante. Mais da metade da população global vive em áreas urbanas. Em países como a Espanha, esse número chega a impressionantes 80% da população.

Infelizmente, essas áreas urbanas costumam oferecer ambientes predominantemente construídos, nos quais a exposição à natureza é escassa.

Além da poluição visual que os urbanos oferecem, a má qualidade do ar e os ruídos frequentes, oriundos do tráfego de veículos e da movimentação do comércio, por exemplo, são estressores ambientais que podem prejudicar muito a saúde mental das pessoas.

Segundo uma pesquisa da organização ISGlobal, existe uma associação protetora entre a quantidade e o acesso a espaços verdes e ansiedade e depressão. Observou-se que essa associação pode ser explicada, em parte, pela redução da exposição à poluição do ar e ao ruído. E, em menor proporção, pelo aumento da atividade física e do suporte social. Até mesmo o simples acesso visual a elementos da natureza pode beneficiar o bem-estar mental.

Os benefícios da natureza para a saúde mental

  • A influência da natureza ajuda a recuperar o cérebro da fadiga causada pelas atividades cotidianas. Melhorando o desempenho no trabalho e nos estudos e a satisfação pessoal;
  • Quando incorporada ao design de prédios, a natureza propicia calma, inspira ambientes e estimula o aprendizado e a curiosidade;
  • Espaços verdes são ideais para atividades físicas, que melhoram o aprendizado, a memória e as funções cognitivas;
  • Atividades ao ar livre podem aliviar sintomas de Alzheimer, demência, estresse e depressão;
  • O contato com a natureza ajuda no desenvolvimento das crianças, encorajando a imaginação, a criatividade e a interação social;
  • A exposição a ambientes naturais diminui sintomas de DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção) em crianças, podendo diminuir, também, o uso de remédios.

Hiperestimulação urbana

Na cidade, nosso cérebro é constantemente estimulado. Trânsito, faróis, pedestres, vendedores, tudo isso “gritando” para nosso cérebro, em uma competição pela atenção.

Em pouco tempo, ele já está cansado e pode começar a apresentar perda de memória. Um pequeno vislumbre de verde já causa alívio cerebral, dando uma pausa para o cérebro de toda a loucura das grandes cidades.

Para crianças, brincar ao ar livre, além de estimular a imaginação e criatividade, dá a sensação de liberdade. Assim, livrando seus cérebros, momentaneamente, dos constantes estímulos da cidade.

O mesmo acontece para pessoas com DDA, que, em um ambiente mais natural e aberto, sentem menos pressão e estímulos.

Em pacientes com Alzheimer, lugares abertos e com diversidade de plantas, cores, cheiros e disposição, causam situações positivas. O mesmo vale para pacientes com demência e depressão, proporcionando uma distração tranquila.

Nesse contexto, vale mencionar uma atividade importante intitulada “banho de floresta“, que consiste em ir para uma área florestal e passar um tempo em contato direto com a natureza. Uma pesquisa feita pela Universidade de Chiba, no Japão, confirmou a eficácia dessa prática para a saúde mental e bem-estar do ser humano. Segundo os pesquisadores, o banho de floresta reduz a concentração de cortisol, a pressão sanguínea e a atividade do sistema nervoso.

Árvores nas ruas perto de casa podem reduzir o risco de depressão

Estudos sobre o assunto, conduzido por pesquisadores alemães, descobriu que ter mais árvores próximas de casa reduz o uso de antidepressivos.

Os pesquisadores analisaram dados de quase 10 mil habitantes de Leipzig, uma cidade de tamanho médio na Alemanha, que participaram do estudo LIFE-Adult Health, realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de Leipzig.

Combinando as informações com dados sobre a quantidade e as espécies de árvores presentes nas ruas de Leipzig, os pesquisadores foram capazes de identificar a associação entre as prescrições de antidepressivos e o número de árvores nas ruas a diferentes distâncias das casas das pessoas. Os resultados foram controlados por outros fatores conhecidos por estarem associados à depressão, como emprego, sexo, idade e peso corporal.

Mais árvores imediatamente ao redor da casa (menos de 100 metros) foram associadas a uma menor ocorrência de prescrição de medicamentos antidepressivos. Essa associação foi particularmente significativa para grupos carentes.

Como esses grupos sociais correm o maior risco de receber prescrição de antidepressivos na Alemanha, as árvores nas ruas das cidades podem servir como uma solução baseada na natureza para uma boa saúde mental. As áreas verdes nas cidades também podem diminuir a “lacuna” na desigualdade de acesso a serviços de saúde entre grupos sociais diferentes.

Que relação existe entre cuidar da natureza e a nossa saúde mental?

As plantas domésticas também podem contribuir para melhorar sua qualidade de vida. Confira algumas espécies que ajudam a purificar o ar da casa e aumentar seu bem-estar.

Podíamos fazer de dermatite seborreica que são as famosas “caspas” que pioram no inverno.

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