A indicação da musicoterapia como recurso terapêutico para o desenvolvimento cognitivo de crianças com dificuldade para ler, escrever e fazer cálculos vem crescendo. O Instituto Unicamente, com unidades em Campinas, Hortolândia e Monte Mor, assinala que o Dia do Musicoterapeuta foi comemorado em 15/09.
Segundo a neuropsicóloga Beatriz Filliettaz, os elementos da música — som, harmonia, ritmo, letra e melodia — estimulam partes do cérebro responsáveis pela concentração e memória. Essas competências são essenciais ao aprendizado.
A instituição utiliza a musicoterapia em casos como:
- atraso global no desenvolvimento;
- dificuldades de aprendizagem;
- transtornos de linguagem;
- TDAH;
- Transtorno do Espectro Autista (TEA);
- situações com dificuldades emocionais, como ansiedade e baixa autorregulação.
As sessões incluem instrumentos como tambores, chocalhos, xilofones, pandeiros, violão, teclado e outros de percussão. Podem ser individuais ou em grupo pequeno, e cada sessão tem duração de 50 minutos.
Entre as atividades citadas está o jogo de batidas rítmicas sequenciais, em que a criança reproduz sequências curtas de sons para trabalhar memória auditiva, atenção sustentada e raciocínio sequencial.
“Crianças com distúrbios de aprendizagem frequentemente apresentam dificuldades em concentração, processamento da informação e memória. A musicoterapia trabalha justamente essas habilidades de maneira lúdica, através do ritmo, da repetição e da associação de sons e movimentos. Além disso, ajuda no desenvolvimento da linguagem oral e escrita, pois a música estimula percepção auditiva, consciência fonológica e organização do pensamento, competências fundamentais para o processo de alfabetização. Por isso, é um excelente recurso terapêutico para crianças diagnosticadas com algum distúrbio de aprendizagem”
No Instituto Unicamente, a maior parte das crianças que frequentam as sessões de musicoterapia são as diagnosticadas com TEA. A musicoterapia também complementa outras abordagens, como fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional, ao favorecer engajamento, comunicação e regulação emocional.
Fonte: Boa Prosa Comunicação