A hanseníase é uma doença infecciosa que atinge principalmente a pele e os nervos; compreender seus sinais e o acesso ao tratamento precoce reduz complicações e ajuda a interromper a transmissão.
O que é
A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae e pode variar do quadro mais leve ao mais grave, dependendo da reação imunológica do organismo. O Brasil é o segundo país com maior número de casos no mundo, o que reforça a importância da informação e do diagnóstico precoce.
Sinais e sintomas
Os sinais podem aparecer de formas diferentes; fique atento especialmente a alterações na pele ou nos nervos.
- Manchas na pele (brancas, avermelhadas ou amarronzadas) com perda de sensibilidade a calor, frio ou dor.
- Alterações neurológicas como formigamento, fisgadas, dormência ou perda de força nos braços e nas pernas.
- Caroços ou nódulos, às vezes doloridos.
- Comprometimento dos nervos que dificulta sentir, segurar objetos, movimentar-se ou caminhar.
Como se transmite
A transmissão ocorre pelo ar quando uma pessoa com hanseníase sem tratamento tosse, espirra ou fala muito próximo de outra pessoa. O risco existe principalmente em contatos prolongados e próximos; a maioria das pessoas tem imunidade natural e não desenvolve a doença.
Diagnóstico
O diagnóstico é, em grande parte, clínico: o médico avalia as lesões de pele, a sensibilidade e o comprometimento nervoso. Exames complementares, como a baciloscopia, podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico quando necessário.
Tratamento
A hanseníase tem cura. O tratamento combina antibióticos que eliminam a bactéria e é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.
O esquema terapêutico varia conforme o tipo de hanseníase e dura geralmente seis meses a um ano; é essencial concluir o tratamento mesmo que os sintomas melhorem antes do término.
Prevenção e convivência
Evitar contato direto prolongado com pessoa infectada é uma medida prática, mas informar-se sobre sinais e tratamento é ainda mais importante para reduzir o preconceito e estimular a busca por atendimento. Quem convive muito próximo de alguém com hanseníase deve ser examinado e pode receber a vacina BCG como medida de prevenção.
Quem está em tratamento não transmite a doença e merece respeito; combater o estigma facilita o acesso ao cuidado e contribui para reduzir a presença da hanseníase na comunidade.
Quando procurar
Se notar alterações na pele ou qualquer sintoma compatível, procure avaliação médica o quanto antes. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura completa e reduz complicações e a transmissão para outras pessoas.




