sábado, 12 julho, 2025
Formatar Data em JavaScript

Governador Tarcísio confirma Unicamp na gestão do Hospital Estadual de Sumaré após mobilização

Após pressão popular e protestos em Sumaré, o governador Tarcísio de Freitas garantiu que o Hospital Estadual de Sumaré continuará sob a gestão da Unicamp via Funcamp, regularizando o contrato conforme determinação do TCE-SP.

O Hospital Estadual de Sumaré (HES) seguirá sob a administração da Unicamp, por meio da Funcamp (Fundação de Desenvolvimento da Unicamp), conforme anunciou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nesta terça-feira (8). A decisão foi tomada após meses de intensa mobilização popular, protestos de estudantes e cobranças de lideranças políticas da região metropolitana de Campinas, especialmente em Sumaré.

Em pronunciamento oficial, Tarcísio explicou que o processo de chamamento público teve como finalidade regularizar a situação jurídica da gestão hospitalar, atendendo à exigência do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).

“Foi feito um chamamento público para a gente pegar uma organização social de saúde e ter um contrato de gestão para deixar a situação regular, conforme foi determinado pelo Tribunal de Contas do Estado. A Funcamp foi a organização que apresentou proposta. Isso quer dizer que quem vai fazer a gestão do Hospital de Sumaré é a Unicamp, como já vem fazendo, só que agora com contrato de gestão totalmente regular”. Governador Tarcísio de Freitas

Apesar do desfecho positivo, a crise evidenciou o silêncio da Câmara Municipal de Sumaré diante da ameaça de privatização do HES. Mesmo com o risco real de perda da gestão pela Unicamp, a maioria dos vereadores optou por não se manifestar.

Propostas de parlamentares como Lucas Agostinho (União Brasil) e Rodrigo Digão (União Brasil), que defendiam uma postura firme em defesa do hospital público, foram rejeitadas. Essa omissão gerou revolta entre moradores e servidores da saúde, que esperavam maior empenho dos representantes locais.

Em contraponto, a permanência da Unicamp no HES contou com forte apoio político regional. O prefeito de Sumaré, Henrique do Paraíso (Republicanos), mesmo do mesmo partido do governador, posicionou-se publicamente em defesa da continuidade da universidade na gestão do hospital.

Deputados federais Jonas Donizette (PSB) e Carlos Zarattini (PT), deputados estaduais Ana Perugini (PT) e Simão Pedro (PT), além das vereadoras campineiras Fernanda Souto (PSOL) e Mariana Conti (PT), também atuaram contra a privatização.

Sindicatos e entidades da sociedade civil tiveram papel fundamental na mobilização, destacando-se o Sinsaúde (Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Campinas e Região) e o Centro Acadêmico Adolfo Lutz (CAAL), que liderou os protestos estudantis da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

Durante semanas, estudantes protagonizaram manifestações e uma greve, alertando para os riscos de descontinuidade na formação acadêmica, perda de campos de estágio e prejuízos diretos ao atendimento de saúde para a população de Sumaré, Nova Odessa, Hortolândia e Paulínia. Essa mobilização foi decisiva para dar visibilidade ao tema e pressionar o governo estadual a recuar da privatização.

Com o anúncio do governador, o Hospital Estadual de Sumaré segue sob gestão da Unicamp, agora com contrato formalizado dentro dos padrões legais exigidos.

Embora a decisão represente um alívio para a região, o episódio reforça a necessidade de vigilância constante e atuação firme dos representantes políticos para garantir a saúde pública de qualidade, algo que nem todos demonstraram disposição em fazer.

O caso do HES deixa uma lição clara: a defesa da saúde pública depende da mobilização da população e do compromisso dos políticos locais e regionais para proteger serviços essenciais à comunidade.

Fonte: Da redação

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhar Post

Popular

Descubra mais sobre Jornal Spasso Cidades

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading