quarta-feira, 11 dezembro, 2024
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Eventos Climáticos Severos Impactam 60% da Indústria Regional

O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) – Regional Campinas apresentou, nesta terça-feira (22), uma pesquisa inédita da Sondagem Industrial de outubro, que analisa como os recentes eventos climáticos severos – como enchentes, queimadas, secas, fuligem tóxica, calor excessivo e mudanças bruscas de temperatura – estão afetando as empresas associadas. Os dados revelam que 60% da indústria da região de Campinas já sente o impacto desses fenômenos. Dentre as indústrias que relataram efeitos, 16% afirmaram que o impacto é grande, 16% consideraram médio e 28% o julgaram pequeno; 40% não percebem impacto.

Além disso, a pesquisa aponta que 33% das empresas já estão implementando ações ou projetos voltados para seus funcionários ou instalações, com o intuito de enfrentar ou minimizar os efeitos das mudanças climáticas. Em contrapartida, 67% das empresas consideram que ‘não há necessidade de ação nesse momento’. A Regional Campinas do Ciesp possui 590 empresas associadas, com um faturamento conjunto de R$ 53 bilhões ao ano, distribuídas em 19 municípios da região.

José Henrique Toledo Corrêa, diretor do Ciesp-Campinas, destacou que a pesquisa evidencia a urgência de as indústrias se prepararem para os desafios que os próximos meses e anos podem trazer. “É crucial ressaltar que 33% das empresas afirmam que estão adotando medidas para mitigar esses impactos. Aspectos logísticos, transporte de insumos e produtos acabados, produção de energia própria e a adequação das instalações industriais agora estão fortemente ligados às questões climáticas”, acrescentou.

Stefan Rohr, segundo vice-diretor do Ciesp-Campinas e diretor do Departamento de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho da entidade, observou que empresas de médio e grande porte na região de Campinas já incorporaram a avaliação dos efeitos climáticos severos em suas programações anuais.

Em relação aos indicadores econômicos da Sondagem Industrial de outubro, ao comparar com setembro, 29% das empresas relataram diminuição no volume de produção, 29% mantiveram a produção estável e 42% aumentaram. O faturamento seguiu o mesmo padrão, com 29% das associadas registrando queda, 29% estabilidade e 42% crescimento.

Os dados revelam uma relativa estabilidade nos números da Sondagem de outubro em comparação com setembro, exceto para os setores de energia, água e transporte, que apresentaram aumento para 78% das empresas.

No entanto, a pesquisa sinaliza uma preocupação com o aumento da inadimplência, que atinge 30% das associadas, enquanto 52% afirmam que não planejam investir em ampliação da capacidade produtiva nos próximos meses, refletindo uma insegurança jurídica que pode impactar o futuro.

O diretor-adjunto do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Marcos Eugênio, comentou sobre a Balança Comercial Regional. Em setembro de 2024, as exportações totalizaram US$ 326,2 milhões, um aumento de 25,4% em relação a setembro de 2023, enquanto as importações alcançaram US$ 1,142 bilhão, um crescimento de 20,1%. O saldo foi negativo em US$ 816,2 milhões, 18,1% maior que o do ano anterior.

A corrente de comércio exterior (soma das exportações e importações) em setembro de 2024 foi de US$ 1,468 bilhão, uma alta de 21,3% em relação a setembro de 2023.

Os principais municípios exportadores da Regional Campinas do Ciesp em setembro de 2024 foram, em ordem: Campinas (28,1%), Paulínia (24%), Sumaré (11,1%), Mogi Guaçu (8,2%) e Conchal (7,7%). Já os que mais importaram foram: Paulínia (43,7%), Campinas (25,4%), Jaguariúna (9,2%), Hortolândia (6,9%) e Sumaré (5,4%). O percentual refere-se à participação de cada município em relação ao total da regional no balanço mensal.

Os três principais destinos das exportações da indústria regional em setembro de 2024 foram: Estados Unidos (US$ 63,65 milhões – 19,5%), Argentina (US$ 34,29 milhões -10,5%) e Países Baixos (Holanda) (US$ 32,18 milhões – 9,9%). Os principais países de origem das importações para a região foram: China (US$ 353,80 milhões – 31%), Estados Unidos (US$ 149,82 milhões – 13,1%) e Alemanha (US$ 76,11 milhões – 6,7%).

Fonte: Roncon & Graça Comunicações

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