A detecção precoce do câncer colorretal, terceiro mais comum no Brasil, é fundamental para aumentar as chances de cura. Em 2022, 74,94% dos casos de adenocarcinoma de reto foram diagnosticados tardiamente. Especialistas do Centro de Oncologia Campinas reforçam a importância da prevenção e do rastreamento a partir dos 45 anos.
O oncologista Fernando Medina, do Centro de Oncologia Campinas, localizado em Barão Geraldo, destaca que a prevenção e o rastreamento são essenciais para a identificação precoce da doença, especialmente para moradores de cidades próximas como Sumaré, Nova Odessa, Hortolândia e Paulínia.
É possível realizar o rastreamento com o exame de colonoscopia a partir dos 45 anos, ou dez anos antes se houver histórico familiar de primeiro grau. Além disso, é importante manter uma dieta rica em fibras, reduzir o consumo de carnes vermelhas e processadas, praticar exercícios regularmente, controlar o peso, evitar o tabagismo e consumir álcool com moderação. Fernando Medina, oncologista do Centro de Oncologia Campinas
Conhecer os sintomas é outro aspecto crucial para a prevenção. O médico alerta para sinais como sangue nas fezes, mudanças persistentes no hábito intestinal (diarreia, constipação ou alternância entre ambos), dor abdominal, sensação de evacuação incompleta, fraqueza e perda de peso inexplicada.
O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Fernando Medina
Apesar da remissão temporária, a doença apresentou recidiva em 2024, com metástases em linfonodos, ureter, peritônio e outras regiões. Preta Gil buscou tratamento nos Estados Unidos, mas faleceu no último domingo (20).
A detecção tardia, como ocorreu em quase 75% dos casos em 2022, é determinante para o prognóstico. Tumores em estágios avançados (T3/T4 ou TNM III/IV) apresentam maior risco de óbito, com sobrevida em cinco anos inferior a 30% em casos de recidiva ou metástase.
A conscientização, como a promovida por Preta Gil ao compartilhar sua experiência, é crucial para incentivar a prevenção e o diagnóstico precoce. Sua luta destacou a importância de exames regulares e de não ignorar sintomas, mesmo em idades mais jovens. Fernando Medina, oncologista
Segundo dados de 2023 do INCA, o câncer colorretal foi o segundo mais incidente em homens e mulheres, atrás apenas do câncer de próstata e mama, respectivamente. Foram registrados 21.970 diagnósticos em homens e 23.660 em mulheres, representando pouco mais de 9% de todos os casos de câncer nos dois sexos.
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgou que, globalmente, houve 20 milhões de novos casos de câncer e 9,7 milhões de mortes em 2022. O câncer de pulmão foi a principal causa de mortes por câncer (1,8 milhão; 18,7%), seguido pelo câncer colorretal, com 900 mil mortes (9,3%).
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Fonte: Sigmapress Assessoria de Comunicação