A desvalorização dos servidores públicos em Sumaré é um problema crônico que persiste há várias décadas. Ao longo dos anos, a classe tem enfrentado uma crescente defasagem salarial, com reajustes insuficientes para compensar as perdas acumuladas.
O SINDISSU, sindicato representante dos servidores públicos de Sumaré, tem constantemente reivindicado à prefeitura não apenas reajustes, mas também uma reposição salarial que cubra as perdas acumuladas ao longo do tempo. As demandas incluem reposição salarial, reajuste dos vales alimentação e refeição, abono de natal, entre outros benefícios.
No início deste ano, os servidores pleiteavam uma reposição de 45% nos salários, valor que representaria o acumulado da defasagem ao longo dos anos. Apesar da postura firme do então presidente do sindicato, Jobson, que afirmava não recuar, a classe acabou aceitando a proposta da prefeitura de um aumento de apenas 4,5% em abril.
Durante administrações anteriores, como a de Cristina Carrara, os embates entre o sindicato e a prefeitura eram mais intensos, resultando em piquetes, protestos e debates acalorados. Carrara, assim como o atual prefeito Luiz Dalben, adotou uma política austera, concedendo, quando muito, apenas o mínimo necessário.
A situação chegou a extremos em 1998, durante a gestão de Dirceu Dalben. Para conter gastos, o então prefeito propôs um corte de 12% nos salários dos servidores públicos. A classe, revoltada, sugeriu que o prefeito abrisse mão de seus comissionados. Em assembleia, os trabalhadores rejeitaram a proposta da administração.
Como resposta à rejeição, Dalben chegou a sugerir a demissão de 400 servidores públicos, uma medida que poderia deixar centenas de famílias sem sustento em um período em que conseguir emprego era consideravelmente mais difícil do que atualmente.
O histórico de gestões, incluindo Dirceu Dalben, Antônio Bacchim, Cristina Carrara e Luiz Dalben, demonstra uma constante: a dificuldade em garantir a valorização adequada do servidor público em Sumaré.
Fonte: Da redação