quinta-feira, 12 dezembro, 2024
Formatar Data em JavaScript

Corrupção, greves e até prisões: entenda um pouco sobre os problemas crônicos que afligem a Saúde de Sumaré

Com a aproximação das eleições, muitos pré candidatos estão fazendo sua
promessas

Antes de fechar as portas definitivamente, o Hospital Conceição Imaculada, em Sumaré, foi o palco central de uma série de escândalos que marcaram a cidade. Cercado de problemas administrativos, dificuldades financeiras e caos no atendimento, o hospital também foi alvo de uma investigação e teve até prisão de envolvidos.

A investigação apontou a formação de uma quadrilha dentro do hospital que, entre os anos de 1995 e 1997, havia desviado mais de R$ 1 milhão, estimando-se que o prejuízo aos cofres públicos, na época, poderia ter chegado a R$ 30 milhões, montante que, corrigido para os valores atuais, seria superior a R$ 250 milhões, de acordo com o IGP-M (FGV).

O desvio de dinheiro do hospital era feito por meio de compras, segundo denúncia do Ministério Público. Em 1997, o caso também foi investigado por uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) na Câmara de Sumaré.

Após o esquema de corrupção abalar as estruturas do hospital, ele chegou a sofrer uma intervenção estadual, teve suas portas fechadas e reabriu novamente, apenas para fechar as portas definitivamente anos mais tarde.

Com a falta de um hospital na cidade, a prefeitura tentou remediar a situação, construindo uma UPA no Macarenko. A construção foi entregue durante o governo do prefeito Antônio Bacchim.

Apesar de não ser o ideal, a UPA aliviou um pouco a situação do município. Contudo, durante o governo de Cristina Carrara e após a terceirização do atendimento, uma série de greves comprometeu o atendimento.

Em 2017, trabalhadores das unidades entraram em greve. A Pró-Saúde, empresa que administrava as unidades, atrasou o pagamento dos funcionários por meses. O motivo para tal atraso era a falta de pagamento do contrato por parte da prefeitura. A solução foi uma intervenção municipal, que falhou miseravelmente, e a greve não pôde ser evitada.

Após diversos problemas, os atendimentos foram normalizados nas unidades, mas Sumaré continua sofrendo com graves problemas no atendimento de saúde do município: falta de médicos, medicamentos, longas filas de espera e até mesmo casos de negligência.

O último caso envolvendo a saúde de Sumaré foi o reafirmamento de uma promessa de campanha rompida pelo atual prefeito, Luiz Dalben. Depois de se eleger com a promessa de construir um hospital municipal na cidade, Luiz anunciou que seria impossível construir a unidade no município e afirmou não haver verba para manter um hospital. Com a aproximação das eleições e seu tio sendo pré-candidato, Luiz voltou atrás e afirmou que será construído um hospital na cidade, se contradizendo mais uma vez.

Pouco tempo após o anúncio de mais uma promessa envolvendo a construção do hospital, o então Secretário de Saúde, Rafael Virginelli, deixou o cargo sem dar mais explicações e chegou até mesmo a sair da cidade.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhar Post

Popular

Descubra mais sobre Jornal Spasso Cidades

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading