O álcool e os riscos do consumo excessivo: sinais de alerta e a importância da moderação
O álcool é frequentemente associado a celebrações e momentos de descontração, mas seu consumo excessivo pode trazer sérios riscos à saúde. Este artigo explora os sinais de alerta relacionados ao abuso de álcool, com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Vigitel 2021, ressaltando a importância de repensar hábitos e buscar a moderação.
O álcool é uma presença constante em festas, casamentos, churrascos e outras confraternizações, sendo visto como uma forma de relaxar e socializar. No entanto, é crucial reconhecer que o consumo excessivo pode ter consequências devastadoras para a saúde, incluindo doenças no fígado, problemas cardíacos e distúrbios emocionais. Por isso, é fundamental estar atento aos sinais de abuso e evitar que o consumo se torne um risco à saúde.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que o álcool é responsável por cerca de 5,3% das mortes no mundo, totalizando aproximadamente 3 milhões de óbitos anualmente. O impacto é ainda mais alarmante entre os jovens de 20 a 39 anos, com 13,5% das mortes atribuídas a problemas relacionados ao álcool. Além disso, o consumo excessivo está associado a mais de 200 doenças e lesões, incluindo doenças mentais, cirrose hepática, cânceres, acidentes de trânsito, violência e suicídios.
No Brasil, os dados também são preocupantes. Segundo a Vigitel 2021, 18,4% da população brasileira consome álcool de forma abusiva, com 25,6% dos homens e 12,7% das mulheres apresentando esse padrão de consumo. Diante desse cenário, é essencial entender os efeitos do álcool e reavaliar hábitos.
O consumo excessivo de álcool afeta o sistema nervoso central, prejudicando a coordenação motora, o julgamento e a percepção. Isso resulta em reflexos mais lentos e confiança excessiva, aumentando o risco de acidentes e episódios de violência. A longo prazo, o uso contínuo e em grandes quantidades pode levar a doenças crônicas graves, como cirrose hepática, câncer, problemas cardiovasculares, depressão, ansiedade, distúrbios do sono e comprometer o desempenho nas atividades diárias e nas relações pessoais e profissionais.
O conceito de “beber com moderação” não é totalmente consensual entre os especialistas, mas é sabido que qualquer dose de álcool, mesmo que pequena, pode representar um risco à saúde. Para muitos, a moderação é definida como uma dose diária de até 350 ml de cerveja, uma taça de vinho ou 40 ml de destilado. Quando uma pessoa não consegue manter essa média, é importante observar alguns sinais de alerta.
Sinais de que o consumo de álcool pode estar se tornando problemático incluem a necessidade de beber cada vez mais para sentir os efeitos, comportamentos de risco como dirigir após beber, o uso do álcool como resposta a emoções (como tristeza ou celebrações) e a ocorrência de problemas nas relações pessoais e profissionais.
É importante ressaltar que adolescentes, mulheres grávidas e em fase de amamentação devem evitar completamente o consumo de álcool, pois a substância pode impactar o desenvolvimento dos jovens e a saúde da mãe e do bebê.
Para proteger a saúde, o ideal é evitar o consumo de álcool. Contudo, para aqueles que não conseguem, a moderação é fundamental. Algumas dicas incluem estabelecer limites claros, evitar a frequência excessiva do consumo, optar por alternativas não alcoólicas sempre que possível e buscar ajuda se o consumo começar a se tornar um problema.
A conscientização sobre os hábitos de consumo de álcool é a melhor forma de proteger a saúde. Buscar apoio e estar atento aos sinais de alerta são passos essenciais para garantir o bem-estar.