O SindusCon-SP apresentou, em 10 de dezembro, na sede da entidade em São Paulo, a análise do desempenho da construção civil em 2025 e estimativas para 2026, apontando crescimento de 1,8% no PIB da construção em 2025 e projeção de 2,7% para 2026.
A entidade afirmou que a perda de ritmo observada em 2025 foi influenciada pela restrição de crédito e pelo cenário de juros elevados, que reduziram a velocidade de vendas de empreendimentos no médio padrão e a confiança dos agentes. Também destacou avanços institucionais no ano, como as reformas tributária e do Imposto de Renda da Pessoa Física, apontadas como fatores relevantes para a trajetória futura do setor.
Entre os indicadores apresentados, foram ressaltados:
- Consumo de cimento: crescimento de 3,6% no acumulado do ano até outubro.
- Indústria de materiais de construção: recuo de 0,7%.
- Comércio de materiais de construção: recuo de 0,1%.
- 47% da produção industrial de materiais tinha destino direto às famílias.
- Emprego formal na construção: alta de 2,84% nos 12 meses até outubro; setor empregava mais de 3 milhões de trabalhadores no Brasil e cerca de 365 mil em São Paulo.
- Crédito habitacional (Abecip): contratações com recursos do SBPE caíram 48,9% na modalidade construção e 7,4% na modalidade aquisição nos primeiros dez meses de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024, resultando em queda de 21,4% no total.
“A construção diminuiu o ritmo e a confiança, a percepção dos negócios, ficou mais pessimista”.
Na Regional Campinas, o diretor Marcio Benvenutti informou que dez novas construtoras passaram a atuar na região ao longo de 2025 e avaliou que esse movimento deve gerar mais negócios em 2026. A regional criou ainda uma diretoria específica para Investimentos e Incorporações.

Benvenutti também destacou a parceria entre SindusCon-SP e Senai-SP, que formou, no início de dezembro, uma turma de 27 alunos do curso de especialização em Mestre de Obras na Escola Senai Roberto Mange, em Campinas, elevando para 550 o total de diplomados nessa especialização na regional.
Em cenário-base, a FGV Ibre projetou crescimento de 2,7% para o PIB da construção em 2026, ressaltando que a evolução dependerá de variáveis como juros, situação fiscal, dinamismo econômico interno e cenário eleitoral. Entre fatores positivos citados estão eventual queda gradual dos juros, maior gasto estadual em obras, novas intervenções do MCMV, novo modelo de financiamento habitacional e programas como o Reforma Casa Brasil.
O SindusCon-SP é a maior associação da indústria da construção na América Latina, com cerca de 300 construtoras associadas e representação estimada de 50 mil empresas do setor no estado de São Paulo. Os dados e estimativas citados na apresentação foram atribuídos ao FGV Ibre (com base em IBGE) e à Abecip, conforme material divulgado pela assessoria.
Fonte: Roncon & Graça Comunicações




