A tuberculose segue entre as doenças que mais matam por infecção no mundo; a transmissão ocorre pelo ar quando uma pessoa infectada tosse, fala ou espirra, e ambientes fechados favorecem o contágio.
Transmissão e grupos de risco
A bactéria Mycobacterium tuberculosis é transmitida por gotículas expelidas no ar; não é necessário contato físico — passar longos períodos no mesmo ambiente fechado pode ser suficiente para haver infecção.
A exposição é maior em locais fechados e mal ventilados, como ônibus cheios, escritórios sem janelas e quartos sem circulação de ar. Alguns grupos têm maior suscetibilidade:
- Pessoas com HIV, diabetes ou em uso de medicamentos que reduzem a imunidade;
- Pessoas em situação de rua ou privadas de liberdade;
- Profissionais de saúde;
- Idosos e crianças pequenas.
Mesmo assim, pessoas sem fatores de risco também podem se contaminar.
Prevenção e vacinação
A tuberculose tem cura e pode ser prevenida. A vacinação com BCG, aplicada nos primeiros dias de vida, protege contra as formas mais graves da doença e faz parte do calendário nacional de vacinação, oferecida gratuitamente pelo SUS.
Medidas simples de organização dos ambientes reduzem o risco de transmissão:
- Abrir janelas para aumentar a ventilação;
- Permitir a entrada de luz solar quando possível;
- Priorizar ventilação e limpeza frequente em escolas, locais de trabalho e transportes públicos;
- Adotar etiqueta respiratória: cobrir boca e nariz com o antebraço ao tossir ou espirrar e usar máscara em caso de sintomas respiratórios.
Sintomas, diagnóstico e tratamento
O sintoma de alerta mais conhecido é a tosse persistente. Procure avaliação médica se houver tosse por mais de três semanas.
Outros sinais podem incluir:
- Febre baixa, principalmente à noite;
- Suor noturno;
- Perda de peso e de apetite;
- Cansaço sem causa aparente, dor no peito e falta de ar.
O diagnóstico deve ser confirmado por um médico. O tratamento combina vários antibióticos e dura, em geral, pelo menos seis meses. Mesmo que os sintomas melhorem cedo, é essencial cumprir o esquema até o fim para evitar recidiva e resistência aos medicamentos.
Após cerca de 15 dias de uso regular dos remédios, a pessoa tende a não transmitir mais a doença, mas deve continuar o tratamento até a conclusão indicada pelo médico.
Recuperação e acompanhamento
Mesmo após a confirmação da cura, o acompanhamento médico é importante. Algumas pessoas podem ficar com sequelas pulmonares, como falta de ar ou cansaço fácil.
Exames de controle e, quando indicado, fisioterapia respiratória ajudam na recuperação da qualidade de vida. Manter hábitos saudáveis — alimentação equilibrada, sono adequado e ventilação nos domicílios — contribui para a proteção e para evitar nova infecção.
A tuberculose continua entre as doenças que mais matam por infecção no mundo.
Identificar precocemente os sintomas e buscar orientação médica faz diferença tanto para quem adoece quanto para quem convive com a pessoa. Este material tem origem institucional e indica medidas práticas de prevenção e cuidado.
Fonte: Unimed




