sexta-feira, 15 agosto, 2025
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Como diferenciar nuvens de chuva e plumas de fumaça no Sudeste

Nas estações mais frias, o céu do interior de São Paulo e do sul de Minas Gerais tem ficado acinzentado, mas nem sempre isso anuncia chuva. Em setembro de 2024 estações de monitoramento classificaram o ar como “ruim a muito ruim” em diversos pontos da capital paulista, após um sistema de ar quente sobre uma camada fria próxima ao solo impedir a dispersão de poluentes. Esse quadro, somado a um aumento recorde de queimadas — com incêndios no interior paulista atingindo níveis inéditos desde 1998 — gerou uma pluma espessa de fumaça transportada por vento quente e seco.

Segundo os registros, a inversão térmica concentrou poluentes nas camadas mais baixas da atmosfera, mantendo material particulado e fumaça próximos ao solo. O fenômeno levou a momentos prolongados de céu opaco e a episódios de qualidade do ar muito baixa em regiões metropolitanas e interiores.

Como distinguir nuvens de chuva e nuvens de fumaça

A educadora ambiental da Associação Ambientalista Copaíba, Viviane Condotta Gabriel, orienta observar o comportamento do céu e as condições ambientais para diferenciar as formações.

As nuvens de chuva, especialmente as chamadas cúmulo-nimbos, são densas, têm contornos bem definidos e se movimentam com velocidade, geralmente antecedendo ventos fortes, trovoadas ou quedas bruscas de temperatura.

Viviane Condotta Gabriel, educadora ambiental da Associação Ambientalista Copaíba

Características da poluição atmosférica

Formações de poluentes costumam apresentar cor cinza‑escura ou amarronzada, aspecto sujo e ausência de contornos definidos; elas tendem a tapar o sol ou tornar o céu opaco. A fumaça geralmente vem acompanhada de cheiro de queimado, desloca‑se de forma lenta e uniforme e pode manter o céu “nublado” por dias, ao contrário das nuvens de chuva.

Se não houver previsão de chuva, mas o céu estiver escuro e o ambiente carregado, é provável que estejamos diante de poluição atmosférica, o que pode agravar quadros de rinite, asma e alergias.

Viviane Condotta Gabriel

Recomendações práticas

  • Evitar exposição em horários críticos, especialmente durante episódios de baixa qualidade do ar.
  • Usar máscara PFF2/N95 em áreas com fumaça visível.
  • Manter ambientes internos úmidos e bem ventilados quando possível.
  • Evitar exercícios ao ar livre se a umidade relativa estiver <30% ou se houver poluição visível.
  • Monitorar a qualidade do ar por serviços como IQAir, Cetesb ou o app AQICN.
  • Hidratar‑se com frequência para aliviar irritações respiratórias.

A Associação Ambientalista Copaíba, criada em 1999 em Socorro (SP), atua em 19 municípios da região leste de São Paulo e do sul de Minas Gerais. Segundo a entidade, já produziu mais de 4 milhões de mudas, plantou mais de 1 milhão de árvores envolvendo 700 proprietários parceiros, restaurou 809 hectares e teve 40 mil participantes em ações de educação ambiental. Saiba mais em copaiba.org.br.

Fonte: Jornalista Milena Almeida

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