O Hospital Estadual de Sumaré, administrado pela UNICAMP, enfrenta incertezas quanto à sua gestão, com o governo de São Paulo avaliando possíveis mudanças ainda em 2024.
O Hospital Estadual de Sumaré, conhecido como “Dr. Leandro Francheschinni”, está sob análise do governo do Estado de São Paulo, que considera alternativas para seu modelo de operação. Desde sua inauguração em setembro de 2000, o hospital é administrado pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) através de um contrato de gestão que estabelece metas de produtividade e qualidade.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP) informou que a revisão do modelo de gestão é parte de uma análise técnica sobre a eficiência e sustentabilidade do hospital. Entre as opções em consideração estão parcerias público-privadas (PPPs), organizações sociais (OS) ou a redistribuição da unidade para outra instituição pública. A decisão final levará em conta a continuidade do atendimento, o impacto orçamentário e a manutenção de vagas de trabalho.
A incerteza em torno do futuro do hospital gera preocupação entre servidores e moradores. Funcionários temem mudanças nos contratos de trabalho e na estrutura atual, enquanto lideranças locais enfatizam a necessidade de garantir que a população mantenha acesso a serviços essenciais. A Prefeitura de Sumaré está atenta ao caso, mas destaca que a decisão sobre o destino do hospital é de competência estadual.
A UNICAMP, que mantém diálogo com o governo paulista, afirma estar cumprindo todos os termos do contrato vigente, mas não se manifestou sobre possíveis negociações para a renovação ou encerramento da gestão.
Especialistas em saúde pública alertam que mudanças abruptas na administração de hospitais podem comprometer a qualidade do atendimento, especialmente em regiões com poucas opções de serviços médicos. O caso do Hospital de Sumaré é monitorado por entidades do setor, que defendem a transparência no processo decisório.
A expectativa é que a SES-SP defina o novo modelo de gestão até o final deste ano, enquanto a população aguarda esclarecimentos sobre o futuro de uma das principais portas de entrada para o SUS na região.
Da Redação