A medicina veterinária tem evoluído em diversas áreas, e uma delas tem chamado cada vez mais a atenção de tutores preocupados com o bem-estar integral de seus animais: a medicina integrativa. Muito além dos tratamentos convencionais, essa abordagem busca tratar o animal como um todo, cuidando de seu corpo, mente e emoções. Para quem já conhece os benefícios, os resultados são surpreendentes, mas para aqueles que ainda não ouviram falar, este pode ser o caminho para proporcionar uma vida ainda mais saudável e equilibrada aos seus pets.
Segundo a Dra. Ellen Oliveira, veterinária fisiatra da equipe do setor de medicina integrativa do Hospital Veterinário Taquaral, em Campinas-SP, a medicina integrativa ultrapassa os limites da simples resolução de problemas de saúde. “Ela não foca apenas na doença ou no sintoma. O objetivo é tratar o animal como um ser global, levando em consideração fatores como alimentação, genética, ambiente e até mesmo o estado emocional”, explica a Dra. Ellen. Essa abordagem permite, por exemplo, que terapias como acupuntura, fitoterapia, ozonioterapia, aromaterapia, reiki, nutrição, homeopatia, cromoterapia, quiropraxia e terapia neural sejam associadas ao tratamento convencional, potencializando os resultados e promovendo uma evolução mais rápida e eficaz.
Para animais em recuperação de cirurgias ou que sofrem de doenças crônicas, a medicina integrativa tem se mostrado especialmente assertiva. “Os animais idosos, que muitas vezes apresentam problemas articulares ou ortopédicos, podem se beneficiar muito dessa combinação de terapias. No Hospital Veterinário Taquaral, por exemplo, utilizamos técnicas como a laserterapia e a magnetoterapia para acelerar a cicatrização, aliviar a dor e melhorar a mobilidade”, enfatiza a Dra. Ellen.
A fisioterapia, como destaca a especialista, é um dos pilares dessa abordagem integrativa, especialmente em casos de patologias ortopédicas e neurológicas, como displasia, luxações e hérnias de disco. “A recuperação nesses casos é muito mais ligeira quando utilizamos técnicas fisioterápicas, que ajudam a promover a analgesia. O tratamento é sempre personalizado, de acordo com a necessidade de cada paciente”, afirma.
Outro grande benefício da medicina integrativa é a possibilidade de oferecer uma qualidade de vida superior a animais que, por motivos diversos, não podem ou não devem ser submetidos a procedimentos cirúrgicos. “Em muitos casos, animais com câncer ou que sofrem de síndromes cognitivas podem ter suas vidas prolongadas e com mais qualidade graças a essas terapias. A fisioterapia unida a tratamentos integrativos ajuda a aliviar a dor e fortalece o organismo, devolvendo ao animal mais disposição e alegria”, diz a especialista.
Além disso, a medicina integrativa tem se destacado em casos de sucesso, como o tratamento de um cão idoso com artrite severa. Após um programa de terapia combinada, incluindo acupuntura e fisioterapia, o animal não apenas recuperou a mobilidade, mas também apresentou uma melhoria significativa na qualidade de vida, permitindo que ele voltasse a brincar com seus tutores. Esses exemplos demonstram como a medicina integrativa pode ser transformadora.
Mas, para que o tratamento seja realmente definitivo, o comprometimento do tutor é fundamental. “É essencial que o tutor siga à risca todas as orientações do veterinário, tanto em casa quanto durante as sessões de tratamento. O acompanhamento e a troca de informações entre veterinário e tutor são essenciais para que o animal tenha uma recuperação mais acelerada e eficiente”, reforça a Dra. Ellen.
A medicina integrativa veterinária tem se mostrado uma excelente alternativa tanto para tratamentos paliativos quanto preventivos. Ao considerar o animal como um todo, os benefícios vão além da resolução imediata de problemas de saúde. Trata-se de promover um equilíbrio que, ao longo do tempo, resulta em uma vida mais saudável e, muitas vezes, mais longeva.
Fonte: Comunicação AMZ