Enquanto trabalhadores de todo o Brasil lutam pelo fim da escala 6×1, vereadores têm sessão apenas uma vez na semana
Nas últimas semanas, um projeto de lei proposto pelo vereador Rick Azevedo e assinado pela Deputada Federal Erika Hilton, ambos do PSOL, tem gerado intensos debates dentro e fora das redes sociais. O projeto visa acabar com a escala 6×1 (seis dias trabalhados para uma folga) em todo o Brasil, propondo alternativas como a escala 5×2 ou 4×3, que resultariam em menos horas trabalhadas semanalmente.
Enquanto alguns empresários se opõem à mudança, uma parte significativa da população demonstra apoio à proposta. A decisão, no entanto, ficará a cargo de políticos que, em muitos casos, podem não estar plenamente cientes da realidade enfrentada pelos trabalhadores brasileiros que lidam com jornadas extenuantes.
Neste final de ano, enquanto deputados e senadores estarão em recesso, muitos trabalhadores continuarão em atividade, incluindo no dia de Natal e Ano Novo. A necessidade de manter a economia em funcionamento é frequentemente citada, mas é importante questionar a que custo isso ocorre.
A situação na Câmara dos Vereadores de Sumaré também merece atenção. Os vereadores se reúnem praticamente toda terça-feira (exceto durante os recessos) para discutir leis, projetos e questões relevantes para a comunidade. Além das sessões regulares, ocorrem raras sessões extraordinárias, e os parlamentares também têm uma carga horária em seus gabinetes, com agendas que se intensificam em períodos eleitorais.
Embora a Câmara dos Vereadores de Sumaré não tenha poder de decisão sobre um projeto de lei de âmbito nacional, é importante lembrar que o projeto foi inicialmente proposto por um vereador do Rio de Janeiro. Isso levanta questões sobre a atuação dos vereadores e como eles podem influenciar a discussão em níveis mais amplos.
Os vereadores são os representantes mais próximos da população e têm a responsabilidade de informar, debater questões de interesse geral e dialogar com deputados que representam a região. Recentemente, a Câmara de Sumaré aprovou um aumento de 600% no valor destinado às emendas impositivas, permitindo que os vereadores direcionem recursos de forma mais autônoma.
É pertinente refletir: quando foi a última vez que um vereador discutiu com você as necessidades da população fora do período eleitoral? As necessidades da comunidade frequentemente parecem ser esquecidas em favor de interesses políticos.
Fonte: Da redação