Mais uma eleição se encerra sem que Sumaré eleja nenhuma vereadora para a Câmara Municipal. Na história da cidade, apenas três mulheres ocuparam a cadeira de vereadora: Rosa do PT, Eva de Oliveira e a ex-prefeita Cristina Carrara.
A situação de Sumaré é preocupante, mas a cidade não está sozinha na região. A vizinha Paulínia também não elegeu nenhuma mulher para a câmara, somando-se a Sumaré nessa vergonhosa estatística.
Em Hortolândia, das 19 vagas disponíveis, apenas uma será ocupada por uma mulher, a Professora Roberta Diniz. Já em Nova Odessa, dos nove vereadores eleitos, apenas duas mulheres fazem parte da lista: Márcia Rebeschini e Priscilla Peterlevitz.
Em Americana, a situação é um pouco melhor. Das 19 cadeiras, cinco serão ocupadas por mulheres: Professora Juliana, Leonora Périco, Roberta Lima, Jacira Chavare e Talitha De Nadai.
Proporcionalmente, Monte Mor se destaca na região, com quatro mulheres ocupando as 15 vagas para vereadores: Camila Helen, Andrea Garcia, Milziane e Wal da Farmácia.
Campinas, a maior cidade da região, teve uma mulher como a vereadora mais votada, Mariana Conti do PSOL. Apesar do excelente desempenho de Mariana, a cidade elegeu apenas cinco vereadoras dentre as 33 cadeiras do legislativo municipal, incluindo Débora Palermo, Paolla Miguel, Guida Calixto e Fernanda Souto. Esse número é inferior ao de cidades como Nova Odessa, Americana e Monte Mor.
Enquanto as mulheres não ocuparem cargos de representação em nossas cidades, os anseios de mais de 50% da população continuarão sem ser ouvidos. É inaceitável que o desempenho das mulheres nas eleições seja tão baixo. Vale lembrar que em todas as cidades citadas, os prefeitos eleitos foram homens.
Fonte: Da redação