quinta-feira, 7 novembro, 2024
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Hospital Imaculada Conceição: Uma História de Abandono e suas Consequências para Sumaré

Hospital Imaculada Conceição: Uma história de abandono, negligência e corrupção

O Hospital Imaculada Conceição, que já foi referência na região, está fechado há 13 anos, deixando os sumareenses reféns das limitações das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade e da burocracia do Hospital Estadual de Sumaré. A situação atual é um reflexo de uma longa e trágica história de descaso.

Inaugurado durante o governo do ex-prefeito João Smânio Franceschini, o hospital se destacou no atendimento de urgência e emergência, salvando muitas vidas e proporcionando um primeiro lar para recém-nascidos. No entanto, a crise começou em meados da década de 90, quando uma intervenção do Estado de São Paulo se tornou necessária devido à incapacidade da prefeitura em manter a qualidade do atendimento.

Durante o governo do ex-prefeito José Denadai, surgiram escândalos de corrupção que culminaram em desvios milionários de recursos. As investigações resultaram na prisão de alguns envolvidos, enquanto outros se tornaram foragidos. Em 2003, o hospital foi brevemente fechado após o fim da intervenção estadual, mas foi reaberto após um acordo entre a prefeitura e o estado.

Com a administração do hospital terceirizada durante o governo de Bacchim (PT), o quadro se deteriorou ainda mais. A falta de gestão resultou em greves e paralisações que prejudicaram o atendimento à população. Bacchim tentou manter o hospital funcionando, mas uma tempestade em 2011 causou danos irreparáveis à estrutura, levando ao fechamento definitivo da unidade em outubro daquele ano.

A administração de Bacchim transferiu a responsabilidade ao proprietário do prédio alugado e à empresa que gerenciava o hospital, abandonando até mesmo equipamentos hospitalares sob a justificativa de que pertenciam à administradora e não ao poder público.

Atualmente, a população depende das UPAs, que não conseguem atender à demanda crescente. Dados recentes mostram que as UPAs têm registrado longas filas de espera e um número elevado de atendimentos, o que gera críticas entre os cidadãos.

A falta do Hospital Imaculada Conceição não apenas limita o acesso a serviços de saúde, mas também impacta a qualidade de vida das famílias locais. A ausência de um hospital próximo significa que emergências e atendimentos essenciais se tornam mais difíceis, aumentando o risco à saúde da população.

Fonte: Da redação 

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