Alto número de abstenções faz candidatos que disputam o segundo turno correrem atrás de quem ficou em casa
Sumaré registrou um elevado índice de abstenções durante o primeiro turno das eleições. Dos 203.032 eleitores aptos a votar, 55.841 optaram por não comparecer às urnas, o que equivale a cerca de 27,5% do eleitorado municipal, representando mais de um quarto dos eleitores.
A magnitude do número de ausências chamou a atenção dos dois candidatos que disputaram a segunda fase das eleições na cidade. Para ilustrar, o segundo colocado na disputa, Willian Souza (PT), obteve 40.550 votos – mais de 15 mil a menos do que o total de abstenções. De fato, o número de eleitores que se abstiveram de votar superou a soma dos votos de todos os candidatos, exceto Henrique do Paraíso (Republicanos), que conquistou mais de 57 mil votos.
Para ter sucesso no segundo turno, Willian precisará não apenas superar a diferença de votos em relação a Henrique, mas também conquistar os votos de Eder Dalben, Toninho Mineiro e Ana Cléia, que também disputaram o pleito. Até o momento, apenas Ana Cléia declarou apoio a Willian, enquanto o apoio dos outros dois candidatos ainda é incerto. A transferência de votos, mesmo com possíveis declarações de apoio, não é garantida, pois o eleitor tem total liberdade de escolha.
Além das abstenções, os votos em branco e nulos somaram 18.457, o que representa 12,53% do eleitorado da cidade. Juntas, as abstenções, os votos brancos e nulos correspondem a pouco mais de 40% do total de eleitores em Sumaré, um número alarmante que pode influenciar o resultado das eleições.
É fundamental ressaltar a importância da participação do eleitor. Aqueles que não votam, seja por abstenção ou por anular o voto, acabam permitindo que outras pessoas decidam seu futuro político. O ato de votar é um direito e um dever cívico que deve ser exercido com consciência. A democracia se fortalece apenas quando a maioria da população se envolve ativamente nas decisões que moldam seu destino.