A Associação Campinas Parkinson (ACP) realiza, no próximo sábado, 19 de outubro, às 14 horas, uma Oficina Teórica e Prática sobre Fala e Deglutição na doença de Parkinson, conduzida pela fonoaudióloga Sandra Fontealba. O evento ocorrerá no auditório do Lar dos Velhinhos de Campinas, localizado na Rua Irmã Maria de Santa Paula Terrier, 300 – Vila Proost de Souza.
A presidente da ACP, Rita Queiroz, destacou que a doença de Parkinson pode impactar a musculatura facial, resultando no enfraquecimento dos músculos dos lábios, língua, bochechas, palato e garganta, o que pode levar à disfagia (dificuldade para engolir) e interferir na fala. Aproximadamente 80% das pessoas com Parkinson enfrentam esse desafio.
“A prevenção, por meio de orientações e exercícios, é fundamental, e o profissional indicado para desenvolver esse trabalho é o fonoaudiólogo”, explicou Rita, que também é fonoaudióloga. Com 25 anos de experiência no atendimento a pacientes com Parkinson e outras doenças neurológicas, Sandra Fontealba é formada pela PUC Campinas, possui pós-graduação em Neurologia pela Unicamp e é especialista em Motricidade Orofacial.
O objetivo da oficina é explicar o funcionamento do sistema estomatognático e suas implicações nas funções de fala e deglutição, além de colocar em prática exercícios que visam melhorar a qualidade dessas funções. O sistema estomatognático é composto por ossos, músculos, articulações, dentes, lábios, língua, bochechas, glândulas, artérias, veias e nervos, os quais desempenham funções de sucção, mastigação, deglutição, fonoarticulação e respiração.
A ACP, fundada em 15 de setembro de 2007, é uma entidade sem fins lucrativos, declarada de utilidade pública municipal. Sua missão é ajudar a compreender a enfermidade, o tratamento e os recursos disponíveis para melhorar a qualidade de vida das pessoas com Parkinson e de seus familiares. A associação busca acolher, apoiar, informar e incluir, promovendo eventos, palestras, festas, passeios e orientações sobre os direitos dos portadores da doença.
Os principais sintomas da doença de Parkinson incluem tremor em repouso, rigidez muscular, lentidão dos movimentos e alteração no equilíbrio. Como a doença é progressiva e degenerativa, é essencial que o paciente busque suporte médico para um diagnóstico precoce e tratamento adequado. Embora a doença geralmente se manifeste após os 60 anos, 10% dos pacientes têm menos de 50 anos e 5% apresentam sintomas antes dos 40. A condição resulta da perda de neurônios no Sistema Nervoso Central (SNC), especificamente na substância negra, responsável pela produção do neurotransmissor dopamina, cuja diminuição causa os sintomas característicos da doença.
A dopamina, um neurotransmissor que transmite informações entre os neurônios, está ligada às sensações de prazer e dor, além de desempenhar um papel crucial no controle motor. Nos casos de Parkinson, a falta de dopamina prejudica significativamente o movimento. A causa da doença ainda é desconhecida, embora fatores genéticos, ambientais e o envelhecimento possam contribuir para seu desenvolvimento.
Mais informações podem ser encontradas no site da ACP: campinasparkinson.org.br.
Fonte: Roncon & Graça Comunicações