Com a derrota de Eder Dalben, que não conseguiu avançar para o segundo turno em Sumaré, e de Dirceu Dalben, que obteve menos de 4 mil votos em Paulínia, a família Dalben enfrenta um revés político significativo. Desde que assumiram a prefeitura de Sumaré em 1º de janeiro de 1997, a família permaneceu quase três décadas no poder, com Dirceu cumprindo dois mandatos e sendo sucedido por Antônio Bacchim, que também governou por oito anos. Cristina Carrara, ex-prefeita e vice de Luiz Dalben, filho de Dirceu, pôde reverter a situação, mas agora, com Eder fora do segundo turno, Willian Souza (PT) disputará a prefeitura contra Henrique do Paraíso.
Na cidade de Paulínia, Dirceu enfrentou um cenário ainda mais desafiador, recebendo apenas 3.657 votos, ficando atrás do impugnado Edson Moura, que conquistou mais de 20 mil votos. O novo prefeito, Danilo Barros, foi eleito com 32.346 votos. Com essas derrotas, a família Dalben não elegeu nenhum prefeito nas eleições municipais de 2024.
Embora a coligação de Eder tenha conquistado um número considerável de cadeiras na câmara, a ausência de Dalben no segundo turno coloca a fidelidade dos vereadores eleitos à prova. A insatisfação de alguns candidatos com a família era conhecida, o que levanta a possibilidade de mudanças de lado.
A verdadeira extensão do impacto dessas derrotas será medida em 2026, quando Dirceu tentará a reeleição como deputado estadual. O sucesso ou fracasso dessa tentativa será um termômetro crucial para avaliar o poder, a influência e o apoio popular ao nome Dalben na região.