quinta-feira, 7 novembro, 2024
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Poluição Visual de Campanha Eleitoral: Impactos nas Cidades e no Trânsito

Bandeiras, faixas, cartazes e uma infinidade de materiais promocionais estão surgindo em cada esquina durante a campanha eleitoral de 2024. Contudo, essa exposição intensa não se resume a uma questão estética; trata-se de um problema real que gera poluição visual, impactando a paisagem urbana e o bem-estar da população.

As bandeiras, um dos símbolos mais utilizados nas campanhas, têm se proliferado de maneira desordenada. Muitas vezes, são colocadas em locais inadequados, como calçadas e canteiros centrais, dificultando a passagem de pedestres e criando obstáculos. Essa prática não apenas prejudica a mobilidade urbana, mas também desfigura a estética das cidades, que já enfrentam desafios relacionados à poluição visual. Estudos indicam que 65% dos cidadãos consideram que a poluição visual afeta negativamente sua percepção do espaço urbano.

A presença excessiva de bandeiras e outros materiais de campanha pode levar à sensação de “poluição” no ambiente, tornando áreas que poderiam ser mais agradáveis em locais desconfortáveis. O desleixo na colocação e remoção desses itens frequentemente resulta em um cenário caótico, forçando os cidadãos a conviver com uma estética poluída e temporária.

Um exemplo claro disso pode ser observado na Avenida Rebouças, onde as bandeiras estão fincadas ao longo de praticamente toda a sua extensão. Nos cruzamentos, a poluição visual é tão intensa que pode até causar acidentes, bloqueando a visão dos motoristas que cruzam a avenida.

Outro aspecto preocupante é o descarte de materiais impressos, como os conhecidos “santinhos”. Esses pequenos panfletos, frequentemente deixados nas mãos dos eleitores ou jogados nas ruas, se acumulam em calçadas, garagens e outros locais, contribuindo para a degradação do espaço urbano. A quantidade de santinhos jogados ao chão é alarmante, refletindo a falta de conscientização por parte dos candidatos e de seus apoiadores. Especialistas alertam que essa prática pode resultar em custos adicionais para a administração pública, que precisa mobilizar equipes para a limpeza e remoção desses materiais.

Além disso, a presença de lixo eleitoral pode gerar uma imagem negativa sobre o comprometimento dos candidatos com a sustentabilidade e a preservação do espaço urbano. De acordo com dados municipais, o custo da limpeza de materiais de campanha pode chegar a R$ 1 milhão durante o período eleitoral.

A poluição visual gerada pelas campanhas eleitorais é um tema que merece atenção e reflexão. Ao unirmos esforços para promover uma cultura de respeito ao espaço público, podemos garantir que as eleições sejam um momento de expressão democrática, sem comprometer a qualidade de vida nas cidades. É hora de repensar nossas práticas e adotar soluções mais conscientes para um futuro mais limpo e sustentável.

Fonte: Da redação

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