Um recente relatório do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) revelou uma situação alarmante na saúde pública de Sumaré. O documento, que também recomendou a rejeição das contas do prefeito Luiz Dalben, expôs números preocupantes sobre as longas filas de espera para procedimentos médicos e consultas com especialistas na cidade.
Alguns dos pontos mais críticos destacados no relatório incluem:
- Neurologia: 1.122 pacientes na fila, com apenas 73 consultas mensais. Tempo estimado para zerar a fila: 1 ano e 4 meses.
- Cardiologia: 1.893 pessoas aguardando, com 68 atendimentos por mês. Espera pode chegar a 2 anos e 4 meses.
- Oftalmologia: 5.256 na fila, com 118 atendimentos mensais. Tempo médio de espera: 3 anos e 9 meses.
A situação para exames médicos é ainda mais crítica:
- Campo visual: Pacientes esperando desde 2019, com 872 pessoas na fila e apenas 37 exames realizados por mês.
- Histeroscopia: Fila desde 2018, com 682 pacientes aguardando e apenas um exame mensal. Estimativa para zerar a fila: mais de 56 anos.
- OCT (Tomografia de Coerência Óptica): Pacientes na fila desde 2016, com mais de 560 pessoas aguardando e nenhum exame sendo realizado mensalmente.
O relatório também apontou outros problemas na gestão da saúde em Sumaré:
- Falta de fidedignidade nas informações fornecidas pela administração.
- Quantidade insuficiente de CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e Unidades de Acolhimento.
- Não cumprimento das metas anuais do SISPACTO (2017-2021).
- Falha em atingir as metas de cobertura vacinal.
Esta situação crítica na saúde de Sumaré já vinha sendo denunciada pelo Jornal Spasso Cidades, que recentemente publicou matérias sobre moradores que aguardam há anos por atendimento especializado e exames.
A exposição desses dados pelo Tribunal de Contas evidencia a necessidade urgente de medidas para melhorar o sistema de saúde da cidade, garantindo atendimento adequado e em tempo hábil para a população de Sumaré.
Fonte: Da redação