quinta-feira, 7 novembro, 2024
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Reforma Tributária: Indústria Regional Encara Desafios e Incertezas

REFORMA TRIBUTÁRIA: INDÚSTRIA REGIONAL ENCARA DESAFIOS E INCERTEZAS

O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) – Regional Campinas, apresentou para a Imprensa nesta terça-feira (27 de agosto), pesquisa de Sondagem Industrial de julho-agosto, focando projeções das associadas em relação aos efeitos da implantação da Reforma Tributária na competitividade e nas decisões de investimentos da indústria regional, ao longo dos próximos anos.

Na pesquisa, quando perguntadas sobre os efeitos da Reforma Tributária na competitividade da empresa, para 19% aumentará, para 25% reduzirá e para 6% permanecerá inalterada. Já 50% delas afirmaram ‘não ter avaliação’ sobre isso.

Sobre a influência da Reforma Tributária nas decisões de investimentos futuros das empresas, elas responderam acreditar que será: positiva (25%), negativa (6%), não vai alterar nas decisões (13%) e não tem avaliação (56%).

O primeiro vice-diretor do Ciesp-Campinas, Valmir Caldana, ao analisar as duas questões sobre a Reforma Tributária e seus efeitos – na competitividade e nos investimentos, afirmou que preocupa o fato de 50% e 56%, respectivamente, das empresas ainda ‘não terem avaliação’ sobre isso.

“A pesquisa apontou que mais da metade das indústrias, ainda não iniciaram estudos sobre os efeitos da Reforma Tributária nos seus negócios, especialmente as pequenas e médias empresas. A Reforma Tributária, com sua plena vigência prevista para o início de 2033, trará inúmeras alterações. Entre elas, mudará a cobrança do local da produção para o local do consumo. Com isso poderão ocorrer alterações na localização das indústrias e suas matrizes logísticas. Essas análises já deveriam estar em andamento por parte das empresas”, explicou Caldana, que também é diretor do Departamento Jurídico do Ciesp-Campinas.

Indicadores – Em relação aos indicadores econômicos apontados pela Sondagem Industrial em julho-agosto na comparação com junho de 2023, o volume de produção diminuiu para 44% das associadas, permaneceu estável para 37% e aumentou para 19% delas. O faturamento diminuiu para 31% das associadas, permaneceu estável para 50% e aumentou para 19%.

O número de funcionários no período, em relação ao mês anterior, diminuiu para 13%, permaneceu estável para 81% e aumentou para 6%. O nível de inadimplência permaneceu inalterado para 100% das respondentes.

Balança Comercial Regional – O diretor do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Anselmo Riso, afirmou que está ocorrendo um pequeno impulso nas exportações brasileiras, o que deve também beneficiar a balança comercial regional. “Isso depende da questão geopolítica nos próximos meses”, acrescentou.

No primeiro semestre de 2024, as exportações referentes à Regional Campinas, registraram US$ 1,7 bilhão, decréscimo de 7,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. As importações somaram US$ 5,8 bilhões, o que significou crescimento de 7,7% frente ao mesmo período de 2023.

Riso comentou os números da Balança Comercial Regional. Em julho de 2024, o valor exportado foi de US$ 274,8 milhões, 6,8% menor que julho de 2023. Em julho de 2024 o valor importado foi de US$ 1,106 bilhão, 19,4% maior que no mesmo mês do ano passado. O saldo em julho de 2024 foi negativo em US$ 831,7 milhões, 31,6% maior que em julho de 2023.

A corrente de comércio exterior (a soma das exportações e importações), em julho de 2024 foi de US$ 1,381 bilhão, 13% maior que em julho de 2023.

Em julho de 2024, os principais municípios exportadores da Regional Campinas do Ciesp foram, pela ordem: Campinas (30,7%), Paulínia (22,9%), Sumaré (11,7%), Mogi Guaçu (7,6%) e Conchal (6%).

Os municípios que mais importaram foram: Paulínia (39,3%), Campinas (28,5%), Jaguariúna (7,4%), Sumaré (7,3%) e Hortolândia (7,1%). O percentual do município refere-se a sua participação em relação ao total da Regional no Balanço Mensal.

Os três principais destinos das exportações da indústria regional em julho de 2024 foram: Estados Unidos (US$ 55,96 milhões – 20,4%), Argentina (US$ 32,47 milhões-11,8%) e Colômbia (US$ 17,61 milhões – 6,4%).

Principais países de origem das importações para a região: China (US$ 348,68 milhões – 31,5%), Estados Unidos (US$ 154,15 milhões – 13,9%) e Alemanha (US$ 67,14 milhões – 6,1%).

Perfil – O Ciesp-Campinas conta com 590 empresas associadas, distribuídas em 19 municípios da região. O faturamento conjunto das empresas associadas é de R$ 53 bilhões ao ano. Conjuntamente essas empresas empregam 97.954 colaboradores.

Fonte: Roncon & Graça Comunicações

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